O livro “O Primeiro-Ministro e a Arte de Governar”, do antigo chefe de Governo do PSD (1985-1995) e ex-Presidente (2006-2016), foi hoje apresentado em Lisboa.
“É por isso que quando falamos na arte de bem governar é bom lembrar como na década de 1980 e 1990 [foi um Governo] que conviveu como se nada fosse com o trabalho infantil” assinalando depois que “foi o Governo socialista quem erradicou o trabalho infantil em Portugal”.
A também ministra do Governo PS começou a sua intervenção na iniciativa da Juventude Socialista a recordar o ano de 1991, época em que aderiu “à Juventude Socialista para combater a política então levada a cabo pelo então primeiro-ministro, Cavaco Silva”.
Ana Catarina Mendes recorreu depois aos números para “lembrar que em 2015, a taxa de abandono escolar era de 13,7% e hoje está nos 6%. No mesmo ano, 40% das pessoas que entravam no mercado de trabalho tinham o ensino secundário, enquanto hoje são 85%”.
“É esta a diferença daqueles que nos trazem um saudosismo cinzento dos que trazem para o país o estado social ao serviço das pessoas, de todas as gerações e de apostar nas gerações mais novas”, disse.
Na qualidade de presidente da Federação Distrital do PS do Porto, Eduardo Vítor Rodrigues interveio na iniciativa da Juventude Socialista para lembrar ser hoje um “dia histórico”, o dia em que a “pessoa que nomeou Couto dos Santos, o ministro da Educação que criou as propinas em Portugal, apresentou um livro”.
Sobre a obra do antigo político, considerou-o “descontextualizado” e que “visa apenas dizer eu estou cá”.
E isso acontece, continuou, porque o antigo Presidente da República “consegue ter mais visibilidade pública que as medidas anunciadas pelo PSD”.
Do livro, destacou ainda, “a falta de memória” e a “ideia de que as pessoas esquecem rapidamente (…) o que a direita fez neste país”.
O livro, de 226 páginas, que inclui um ensaio original de Cavaco Silva sobre “a arte de governar”, reúne artigos publicados sobre temas europeus, económicos e políticos, incluindo “Os políticos e a Lei de Gresham”, segundo a qual “a má moeda expulsa a boa moeda”, publicado em 2004, quando Pedro Santana Lopes (PSD) era primeiro-ministro.
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