Discursando na comemoração dos 75 anos do aeroporto de Lisboa, Carlos Lacerda lembrou o memorando assinado com o Governo para desenvolver uma solução e anunciou ter sido entregue a proposta para a construção de uma nova infraestrutura e mostrou ainda uma imagem do futuro local.
Segundo o memorando assinado em 15 de fevereiro entre o Governo e a ANA, gerida pela Vinci Airports, a proposta para o aeroporto complementar ao de Lisboa na base aérea do Montijo devia ter sido apresentada até meados de agosto.
Carlos Lacerda destacou hoje que os "próximos passos envolvem um trabalho de aprofundamento e detalhe das várias dimensões da proposta”, nomeadamente a nível económico e ambiental.
“É só o primeiro passo do que sabemos que será um trabalho contínuo entre as entidades envolvidas, que continuará a correr com total empenho e com atitude positiva que temos sentido até agora na solução, com vista aos objetivos da região e do país”, garantiu.
Na sua intervenção, o presidente executivo da ANA enumerou ainda recordes que serão quebrados este ano nos aeroportos nacionais, como o ultrapassar a marca dos 50 milhões de passageiros.
Em Lisboa, o número de passageiros deverá ultrapassar os 26 milhões, no final deste ano, num aumento de 4,5 milhões, enquanto na Madeira a subida deverá ser de 8% e ultrapassar os três milhões.
Em Faro, há registo da subida de 15% para 8 milhões, enquanto no Porto o crescimento esperado deverá superar os 16% para mais de 10 milhões de passageiros e nos Açores deverá ultrapassar os 20%.
Para fazer face ao crescimento no aeroporto de Lisboa, o responsável da ANA enumerou a duplicação dos canais de embarque e as linhas automáticas de controlo de segurança e uma nova área de ‘check in’.
O ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, fez eco dos recordes esperados e reafirmou a necessidade da urgência da expansão da capacidade aeroportuária, referindo que se exige à ANA quer o aumento da quantidade, como da qualidade.
Quanto à informação da entrega “recentemente da proposta preliminar”, o governante referiu ser uma “posição inicial para arranque da negociação”, com abertura para melhoria das propostas.
A autorização ambiental para a abertura da infraestrutura no Montijo é esperada no primeiro semestre de 2018, segundo Pedro Marques, que espera que depois arranquem as obras e sejam respeitados os prazos previstos no memorando.
Com a reconversão da base aérea do Montijo para a aviação civil, o ministro reafirmou que se duplicará, pelo menos, a “capacidade hoje instalada”.
Por seu lado, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, apresentou o aeroporto como uma das “âncoras do desenvolvimento económico do país” e como representa 30% do tráfego na segunda circular.
O autarca realçou a necessidade da expansão da capacidade aeroportuária, que resulta do “próprio sucesso” da cidade.
[Notícia atualizada às 14:30]
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