“O importante é que José Eduardo dos Santos assegure desde já que as eleições têm condições de credibilidade”, disse Ana Gomes, em declarações à agência Lusa, em reação ao anúncio do Presidente angolano de que não se recandidata ao cargo nas eleições deste ano.
“Há eleições previstas para este ano e é preciso que sejam credíveis, quer junto da comunidade internacional, quer no próprio país, para os partidos políticos angolanos e a população”, acrescentou.
Neste sentido, adiantou, “era bom que [Luanda] se apressasse a fazer convites à União Europeia e União Africana para haver observação internacional às eleições, sob pena de haver confusão violenta”.
A eurodeputada, que acompanha há muitos anos a situação no país, sublinhou que “este anúncio foi feito por diversas vezes e nunca se concretizou, mas agora há também a ter em conta a lei da vida, que é também da morte: José Eduardo dos Santos está doente e imagino que desta vez a saída possa ser a sério”.
O presidente do MPLA e chefe de Estado angolano, José Eduardo dos Santos, anunciou hoje que não se recandidata ao cargo nas eleições gerais deste ano, deixando assim o poder em Angola ao fim de 38 anos, avançando João Lourenço.
A posição foi transmitida por José Eduardo dos Santos no discurso de abertura da reunião do Comité Central do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), que está a decorrer hoje em Luanda, com a aprovação da lista de candidatos do partido a deputados nas eleições gerais de agosto em agenda.
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