À saída de um encontro com o presidente do executivo regional e líder do PSD nos Açores, José Manuel Bolieiro, André Ventura valorizou a "conversa agradável e aprofundada" tida com o social-democrata e reconheceu ter ficado "muito satisfeito" por ouvir de Bolieiro uma posição diferente da de Rui Rio no relacionamento com o Chega.
"É uma solução que me deixa satisfeito para o futuro e me dá garantias de estabilidade", disse ainda Ventura, abordando o executivo açoriano, composto por PSD, CDS e PPM e viabilizado no parlamento da região por acordos com o Chega e a Iniciativa Liberal.
Na quinta-feira, aos jornalistas, o presidente do Chega havia reiterado lamentos pela posição nacional de PSD e CDS no que refere às autárquicas, acrescentando "nunca" ter visto algo como o entendimento entre os líderes de sociais-democratas e centristas, assente num único "objetivo", a exclusão do Chega de conversações sobre as próximas eleições para as autarquias, juntas e assembleias municipais.
No que refere aos Açores, e apesar de ainda faltarem "muitos meses" para as autárquicas, Ventura diz ter recebido hoje a "garantia" que "não há", como a "nível nacional, nalguns casos", nenhum "espírito de agressividade, diabolização, e luta entre partidos que obstaculize qualquer tipo de entendimentos para os atos eleitorais que se avizinham".
Questionado sobre se Rui Rio poderia retirar ilações da situação política no arquipélago, o deputado único do Chega sustentou que, "pessoalmente", considera que "muitos líderes e dirigentes do PSD tinham muito a aprender com José Manuel Bolieiro".
O PS perdeu em outubro, nas legislativas regionais, a maioria absoluta que detinha há 20 anos nos Açores, elegendo 25 deputados.
PSD, CDS-PP e PPM, que juntos representam 26 deputados, assinaram um acordo de governação.
A coligação assinou ainda um acordo de incidência parlamentar com o Chega e com o Iniciativa Liberal, somando assim o número suficiente de deputados para atingir uma maioria absoluta (29).
[Notícia atualizada às 16:32]
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