"Um aumento da produção de petróleo vai garantir as receitas governamentais nos próximos trimestres, alimentando uma redução do défice orçamental até 2019, mas a consolidação será gradual por causa de um aumento nas despesas de capital e recorrentes", escrevem os analistas desta consultora.
Numa análise à evolução da economia angolana, enviada aos investidores e a que a Lusa teve acesso, lê-se que "o cenário orçamental terá uma "notável melhoria nos próximos anos devido à subida dos preços do petróleo e ao aumento da produção", o que dará origem a uma redução do desequilíbrio orçamental de 4,9% em 2016 para 3% este ano e 1,5% no próximo ano.
As finanças públicas angolanas "deterioraram-se abruptamente durante o colapso dos preços do petróleo entre 2014 e 2016", lembra a BMI, que prevê uma recuperação dos preços, para 54 dólares este ano e 55 dólares por barril no próximo.
"A produção de petróleo em Angola deve voltar para terreno positivo em 2018, registando um crescimento de 7%, depois de uma contração de 3% este ano e de 2,8% em 2016", essencialmente devido ao início de dois projetos, da ENI e da Total.
Com o aumento das receitas, a BMI Research prevê que a despesa pública também aumente, com as despesas de capital a subirem 19% este ano e 9,4% em 2018 para completar a barragem de Laúca e o novo aeroporto de Luanda, que valem 10 mil milhões de dólares e foram adiados em 2016.
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