Chun morreu em casa no distrito de Seodaemun, em Seoul, devido a complicações relacionadas com o mieloma recentemente diagnosticado.

Nascido em 1931 no condado sudeste de Hapcheon, entrou na Academia Militar da Coreia (KMA) com 20 anos.

Lá, conheceu figuras como Roh Tae-woo e Jeong Ho-yong, com quem fundou a Associação Hanahoe, que reunia principalmente pessoal militar do sudeste do país e que acabaria por desempenhar um papel fundamental no futuro da nação.

Com Chun ao leme, o grupo Hanahoe encenou um golpe pouco depois do assassínio do então Presidente, Park Chung-hee, em 1979, que acabaria por o tornar chefe de Estado até 1988.

No ano seguinte, Chun ordenou a supressão brutal de uma revolta popular na cidade de Gwangju (260 quilómetros a sul de Seul) que causou pelo menos 200 mortos e 1.800 feridos.

Após ter nomeado Roh como sucessor, protestos pró-democracia espalharam-se pelo país na primavera de 1987 e a junta militar de Chun acabou por concordar em realizar eleições presidenciais democráticas seis meses mais tarde.

Tanto ele como Roh, que continuariam a ganhar as eleições presidenciais e a governar até 1993, foram condenados em agosto de 1996 por corrupção e pelo papel no golpe de Estado de 1979 e na repressão de Gwangju de 1980.

Chun foi condenado a prisão perpétua, mas recebeu um indulto presidencial em 1997.

O antigo oficial militar mostrou poucos remorsos pelo papel na repressão de Gwangju, tendo mesmo recebido uma pena de prisão suspensa de dois anos em 2020 por difamar uma das testemunhas do massacre.

Chun recorreu da sentença e apareceu em tribunal pela última vez no processo de recurso em agosto deste ano, demonstrando dificuldade em respirar e em compreender o que lhe estava a ser dito.

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