"Espero sinceramente que esta seja a última vez na nossa vida que estejamos aqui [no parlamento] a debater o decretar do estado de emergência", declarou António Costa no discurso que encerrou o debate sobre o pedido de autorização do Presidente da República para a prorrogação por mais 15 dias, até 2 de maio, do estado de emergência em Portugal.
O primeiro-ministro defendeu que, "em 46 anos de democracia, em 44 anos de Constituição, esta foi a primeira vez que foi necessário decretar o estado de emergência, renová-lo" por dias vezes.
"Esperemos que seja a última. Podemos orgulhar-nos como a nossa democracia soube viver a liberdade da Constituição e também aplicar a autoridade da Constituição quando ela foi necessária, no estrito limite do necessário e nunca mais do que aquilo que foi adequado e proporcional. Isso é um motivo de orgulho e da força do nosso 25 de Abril", considerou o líder do executivo.
Momentos antes de a Assembleia da República aprovar a segunda prorrogação do estado de emergência, o primeiro-ministro deixou um apelo aos deputados: "Devemos dizer, como sempre, que é em abril que ganhamos a nossa liberdade".
"E é no esforço final que fizermos nos próximos 15 dias que vamos conseguir recuperar a liberdade das nossas vidas. Essa liberdade urge para as nossas vidas, para a nossa economia e para o nosso futuro", acrescentou.
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