Afirmando que esteve no mesmo local há quatro anos, o secretário-geral do PS recordou que, na altura, o “país vivia um momento de profunda tristeza e de muita descrença no seu futuro”.

“Mas podemos dizer mais: aqueles que há quatro anos tiveram receio em votar no PS sabem hoje que podem votar no PS com toda a confiança e com toda a convicção”, afirmou António Costa, adiantando que a “intranquilidade minava a esperança no dia a dia de cada português”.

“Havia uma enorme vontade de mudar, mas também o medo de mudar, a incerteza do que é que poderia acontecer. Hoje, quatro anos depois há uma coisa que todos sabem: hoje vivemos todos melhor em Portugal e ninguém tem dúvidas que a mudança valeu a pena”, destacou.

Durante um comício com o cabeça-de-lista por Leiria às eleições legislativas, Raul Castro, o secretário-geral socialista afirmou que é uma “honra” ter um cidadão “independente” a encabeçar a lista do PS à Assembleia da República.

“Temos muito orgulho no nosso partido e nos nossos militantes. Mas, o PS sabe desde a sua fundação, porque está no seu ADN e no grande legado que nos deixou Mário soares que nunca se faz nada sozinho. O PS sempre foi um partido aberto aos outros, do consenso, que procura construir pontes e unir vontades e mobilizar energias”, disse António Costa.

“Sabemos bem que com mais ou menos votos, é com todos os portugueses que se constrói o país”, afirmou.

O líder socialista apelou ainda para uma “grande mobilização” para “passar a palavra” de que é “necessário dar força ao PS”, para que possa “continuar a mudança” que iniciou há quatro anos, “para prosseguir as boas políticas que deram estes bons resultados”.

“E, com mais força, poder fazer ainda mais e ainda melhor, continuar a crescer, criar emprego, combater as desigualdades e melhorar os serviços públicos”, prometeu.

O líder do PS lembrou também que já foi cabeça-de-lista por Leiria, lamentando que quando chegou ao governo, alguns dos problemas continuavam por resolver.

Por isso, referiu que pegou em “alguns projetos fundamentais” para o distrito de Leiria, nomeadamente a eletrificação da linha do Oeste e a abertura da Base Aérea de Monte Real ao tráfego civil.

António Costa revelou que depois do dia em que o papa Francisco aterrou na base, para celebrar o Centenário de Fátima, que conversou com Raul Castro, então presidente da Câmara de Leiria, e com o chefe de Estado Maior da Força Aérea da altura.

“Ao longo deste tempo foi sendo feito o trabalho de formiguinha para ir identificando problemas e encontrando soluções, procurando sempre alternativas para garantir algo que é justo, que é necessário e que faz sentido, que é permitir que na Base Área de Monte Real seja possível o tráfego civil para servir Leiria e esta região”, disse.

O secretário-geral destacou ainda a “importância” do Politécnico de Leiria, “um exemplo para todo o país”, desafiando a ser o “primeiro” a atribuir o grau de doutor”.