“António Costa não pode, cobardemente, escudar-se atrás do fim da comissão de inquérito da TAP [para então se pronunciar]. É agora que as questões estão a ser colocadas, é agora que António Costa deve explicações”, afirmou, lembrando que a IL apresentou um requerimento para que o primeiro-ministro seja ouvido na comissão de inquérito.
Rui Rocha falava aos jornalistas no Funchal, no âmbito de uma visita de dois dias — hoje e domingo — à Região Autónoma da Madeira, onde reafirmou haver incompatibilidades entre as versões do ministro das Infraestruturas, João Galamba, e António Costa quanto ao seu conhecimento sobre a intervenção do Serviço de Informações de Segurança (SIS) no caso da exoneração do adjunto Frederico Pinheiro.
“António Costa tem também de dizer aos portugueses o que é que se passa, qual é o seu envolvimento, qual é a avaliação que faz de todos estes encobrimentos, meias verdades, mentiras”, disse.
O líder da IL realçou que, a partir das declarações do ministro das Infraestruturas na comissão de inquérito, “ficamos a saber que o primeiro-ministro, naquela noite [26 de abril], à uma da manhã ou por aí, soube nomeadamente que tinha havido uma intervenção do SIS”.
“António Costa tinha dito o contrário desta versão uns dias antes”, alertou.
Para Rui Rocha, “não é aceitável que o primeiro-ministro continue a escudar-se, não falando daquilo que está a acontecer, das evidências de mentira, de meias verdades, de encobrimento, de nebulosidade” que existe à volta do tema.
“António Costa fez conferências de imprensa de horas, entrevistas de horas, comentários de horas, quando apresentou, por exemplo, o programa Mais Habitação. Porque não faz o mesmo relativamente aos processos da TAP?”, questionou, lembrando que “os portugueses investiram na TAP 3.200 milhões de euros”.
Rui Rocha afirmou, por outro lado, que o atual Governo socialista de maioria absoluta é “mau para Portugal”, realçando que, para além do escrutínio constante, a Iniciativa Liberal pretende “fazer tudo” o que estiver ao seu alcance para que o executivo “caia o mais depressa possível”. Indagou
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