"Uma máscara produzida pela indústria portuguesa protege-nos contra a pandemia, mas protege também os empregos daqueles que trabalham na indústria têxtil e as empresas. Por isso uma máscara portuguesa são um 3 em 1: protegem o ambiente, a nossa saúde e o emprego daqueles que trabalham na indústria", explicou António Costa em declarações aos jornalistas, nos jardins de São Bento.
"Utilizemos estas máscaras. Há para todos os gostos e feitios. Umas mais coloridas, outras mais sóbrias, umas com mais design, outras com menos design, mas todas nos protegem contra a covid-19, todas protegem a nossa economia e o ambiente", acrescentou.
Tendo ao seu lado o presidente da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal, Mário Jorge Machado, o primeiro-ministro, na sua breve intervenção, começou por agradecer "o enorme esforço de readaptação à nova realidade" deste setor produtivo nacional ao longo dos meses de pandemia da covid-19.
"Estamos perante uma muito dura realidade de quebra de mercado e às vezes de quebra de fornecedores. Mas [o setor] conseguiu reinventar-se, produzindo algo que é hoje absolutamente indispensável à vida do quotidiano dos cidadãos: As máscaras e os equipamentos de proteção individual para profissionais do setor da saúde, ou de outros setores em que esses mesmos equipamentos são vitais", referiu António Costa.
O primeiro-ministro contou depois um episódio que observou na maratona negocial do último Conselho Europeu, em julho, em Bruxelas, que durou cinco dias, mas em que os Estados-membros conseguiram alcançar um acordo em torno do Quadro Financeiro Plurianual 2021/2027 e do Programa de Recuperação e Resiliência.
"Nessa maratona, o primeiro ponto em que foi possível um grande consenso foi sobre a enorme qualidade das máscaras produzidas pela indústria portuguesa", disse.
Antes de começarem os trabalhos desse Conselho Europeu, António Costa ofereceu máscaras fabricadas em Portugal aos chefes de Estado e de Governo dos outros países da União Europeia.
Já o presidente da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal, que falou em nome de várias entidades representativas do setor, agradeceu a iniciativa de António Costa de oferecer máscaras aos seus homólogos europeus.
"Nós, setor têxtil, entendemos que devíamos retribuir esse gesto. Trouxemos umas máscaras para mostrar aquilo que o setor têxtil tem vindo a fazer em termos de capacidade de inovação, adaptação e velocidade no desenvolvimento desta gama de produtos. Penso que contribuíram para ajudar o nosso sistema de saúde", declarou Mário Jorge Machado.
Este empresário referiu depois que as indústrias têxteis "estão a passar uma fase difícil em termos de economia e de encomendas" e que todas estas empresas procuram alternativas para ultrapassar a crise.
"Foram aprovados mais de 2500 modelos de diferentes máscaras. Houve uma grande solidariedade das empresas", acrescentou.
Comentários