Num comunicado, António Guterres, expressou as suas condolências às famílias das vitimas e desejou uma rápida recuperação dos feridos, entendendo a sua solidariedade para como o governo do Afeganistão e a sua população.
“Só esta semana, centenas de cidadãos afegãos fazendo a sua vida normal, o que inclui praticar a sua fé religiosa, foram vítimas de atos brutais de violência”, lamento o secretário-geral das Nações Unidas.
António Guterres referiu que espera que os responsáveis sejam levados à justiça e que espera que “termine o ciclo de violência e comece o diálogo”.
Os atentados não foram até ao momento reivindicados.
Os atentados em Cabul e Ghor surgem no final de uma semana particularmente mortal no Afeganistão depois de três grandes ataques terem ocorrido na terça-feira e na quinta-feira, contra as forças de segurança.
Estados Unidos também condenam ataque
“Face a estes atos cobardes e sem sentido, o nosso compromisso com o Afeganistão é inquebrável”, indicou em comunicado o Departamento de Estado.
“Os Estados Unidos apoiam o Governo e o povo do Afeganistão e vão continuar a apoiar os seus esforços para conseguir a paz e a segurança para o seu país”, acrescentou.
Em Cabul, um extremista suicida detonou um colete de explosivos no interior de uma mesquita xiita num bairro habitado pela minoria étnica hazara, causando 39 mortos e 45 feridos.
Este ataque aconteceu pouco depois de outro cuja explosão matou pelo menos 30 pessoas noutra mesquita na província de Ghor, no oeste do Afeganistão.
“Os Estados Unidos condenam energicamente os ataques terroristas de 20 de outubro em Cabul e Ghor, bem como os outros ataques levados a cabo em todo o país esta semana”, afirmou o Departamento de Estado, que ofereceu as suas “mais profundas condolências” a familiares e amigos.
Estes dois atentados quase simultâneos contra duas mesquitas fecharam uma semana negra com cinco ataques de grande envergadura. Nos outros três, realizados pelos talibãs contra bases militares e quarteis policiais, morreram uma centena de pessoas.
Todos foram uma resposta a uma nova estratégia dos Estados Unidos, que no mês passado aumentou as suas tropas em quase 3.000 efetivos, que se somam aos 8.400 que já estavam no Afeganistão como parte do dispositivo de treino da NATO e em trabalhos antiterrorismo.
Desde o final da missão de combate da NATO em janeiro de 2015, Cabul foi perdendo terreno para os insurgentes até controlar apenas 57% do país, segundo o inspetor especial para a Reconstrução do Afeganistão (SIGAR) do Congresso dos Estados Unidos.
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