"É muito cedo para fazer quaisquer previsões", disse o antigo primeiro-ministro português aos jornalistas, lembrando que "ainda não é secretário-geral e não falou diretamente" com o presidente eleito norte-americano.

Donald Trump prometeu rever as contribuições do país para a ONU e abandonar o Acordo de Paris sobre o clima.

"O secretário-geral Ban Ki-moon vai ter, em breve, uma reunião" com Trump, acrescentou António Guterres, sublinhando que "a transmissão de poderes entre secretários-gerais será seguramente harmoniosa".

"Estou a preparar-me para o exercício das funções" de secretário-geral da ONU, um cargo que exige uma "atitude de diálogo efetivo e muito positivo com todos os Estados-membros", disse.

Nesta deslocação a Espanha, que assume a presidência mensal do Conselho de Segurança da ONU em dezembro, Guterres sublinhou a importância da contribuição espanhola para as Nações Unidas e o forte empenho no multilateralismo.

No final deste encontro com os jornalistas, António Guterres vai receber o título de doutor Honoris Causa da Universidade Europeia de Madrid pela forma como liderou durante dez anos o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) e "em reconhecimento pelo seu apoio às pessoas apátridas e por salvaguardar os direitos daqueles que se vêm obrigados a deixar o seu país em consequência de guerras, revoluções e perseguições políticas".

O secretário-geral designado das Nações Unidas presta juramento sobre a Carta das Nações Unidas numa cerimónia pública, em Nova Iorque, a 12 de dezembro, perante representantes dos 192 Estados-membros.

O mandato de cinco anos de António Guterres começa a 1 de janeiro.

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