“Trabalhámos em conjunto com o senhor ministro uma proposta que seria razoável para desbloquear a situação. A Antram rejeitou a proposta e a greve mantém-se”, afirmou à agência Lusa Pedro Pardal Henriques.

À entrada para o encontro com Pedro Nuno Santos, esta sexta-feira à tarde, o presidente do Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas tinha dito que, se houvesse negociação com a Antram, a greve que começou na segunda-feira por tempo indeterminado seria "suspensa".

O dirigente sindical falava aos jornalistas à entrada da reunião no Ministério das Infraestruturas e Habitação, em Lisboa, à qual chegou acompanhado pelo advogado e porta-voz do SNMMP, Pardal Henriques.

"Uma vez que haja reunião de negociações, a greve será desconvocada, aliás suspensa até à meia noite de domingo", afirmou Francisco São Bento, deixando claro, no entanto, que se a negociação não avançar, "a greve mantém-se".

Ainda à entrada, Francisco São Bento disse esperar que nesta reunião haja negociação, uma vez que foram chamados ao ministério "nesse sentido".

Os motoristas de transportes de matérias perigosas entram este sábado no sexto dia de uma greve convocada por tempo indeterminado, que levou o Governo a decretar uma requisição civil na segunda-feira à tarde, alegando incumprimento dos serviços mínimos.

A greve foi inicialmente convocada pelo Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) e pelo Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM), com o objetivo de reivindicar junto da Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (Antram) o cumprimento do acordo assinado em maio, que prevê uma progressão salarial.

Na quinta-feira, dia 15, à noite, o Sindicato Independente de Motoristas de Mercadorias (SIMM) desconvocou a greve, tendo voltado ao trabalho esta sexta-feira.

Na quarta-feira, a Antram chegou a entendimento com a federação sindical da CGTP, a Fectrans, que não convocou a greve.