
Um documento interno a que a SIC Notícias teve acesso revela que pelo menos desde 2022 a administração sabia que caso falhasse o abastecimento de energia, os geradores não tinham capacidade para garantir o funcionamento de aparelhos como TAC no serviço de imagiologia.
Na segunda-feira, durante o apagão em Portugal Continental, o hospital ficou às escuras no que diz respeito aos procedimentos clínicos que precisavam de TAC e o plano de contingência passou a definir o encaminhamento para Coimbra de doentes que precisassem deste exame.
O hospital de Viseu deixou também de ser referenciado pelo INEM para várias emergências, como vítimas de acidentes graves ou AVC.
O canal avança que em 2022, quando o hospital se preparava para mudar o serviço de urgência para as novas instalações, de acordo com uma circular interna de 13 de setembro de 2022, foi anunciado o Corte ao Abastecimento Elétrico do Hospital.
Neste documento, assinado pela anterior administração do hospital, é explicado que durante quatro horas o hospital seria alimentado por geradores deixando claro que “a alimentação de energia a partir de geradores não garante o funcionamento dos equipamentos para a realização de exames no serviço de imagiologia”.
A mesma circular diz que, “durante a interrupção do abastecimento normal de energia há repercussões na Via Verde da Emergência Médica”.
A SIC Notícias afirma que passados quase três anos, o hospital nada fez para contrariar esta falta de capacidade de resposta.
A atual administração, que tomou posse agosto do ano passado, garantiu ao canal que a solução para este problema está identificada e que custa cerca de 250 mil euros.
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