“Este foi o número mais alto alguma vez verificado num só ano, superior mesmo ao que se verificou nos anos da intervenção da ‘troika’, sendo expectável que suba em 2021”, refere a APCC em comunicado.

Face ao impacto que as restrições impostas pela pandemia estão a ter no setor, a APCC anunciou ainda estar a preparar um Plano de Retoma do Retalho para “responder às dificuldades” vividas pela atividade, apelando ao contributo das entidades governamentais e de todos os intervenientes do setor.

“A APCC vai iniciar um conjunto de reuniões de trabalho com todos os representantes do setor para construir uma resposta à crise que agregue os vários contributos e permita a recuperação do retalho em lojas físicas em Portugal, no período de pós-confinamento”, adianta, considerando “fundamental a contribuição de todos os intervenientes com responsabilidades no setor e do Governo para que este plano encontre soluções e apoios para todo o comércio de forma integrada”.

Segundo adianta, “num momento em que, devido à impossibilidade de ter as lojas abertas, se está a assistir ao aumento exponencial do comércio ‘online’ promovido por grandes multinacionais sediadas fora do território nacional”, este plano será “um apelo à mobilização conjunta do setor para defender o retalho em lojas físicas em Portugal”.

“Este plano assume especial importância numa altura em que os associados da APCC registaram perdas superiores a 600 milhões de euros nas ajudas dadas aos lojistas”, sublinha.

Para coordenar a execução deste plano de recuperação os associados da APCC nomearam Rodrigo Moita de Deus como presidente executivo (CEO) da organização, cargo que e associação diz ter sido “recentemente criado”.

A APCC é uma associação de âmbito nacional que reúne empresas investidoras, promotoras e gestoras de centros comerciais, empresas de comércio a retalho e fornecedores de serviços ao setor.

Atualmente, a associação representa 93 conjuntos comerciais que integram um total de 8.600 lojas.