Em entrevista hoje publicada pelo semanário Expresso, António Costa explica que “continua a ser totalmente justificável a atual estrutura [do Governo], porque o esforço que vai implicar a execução do Plano de Recuperação e Resiliência, mais o Portugal 2030, mais a execução do programa do Governo, não aconselham a qualquer mudança na estrutura, pelo contrário”, dada a necessidade de os ministros se concentrarem na aplicação dos fundos.

De acordo com o governante, os ministros devem concentrar-se “a 200% na execução das suas tarefas”, depois de todos os instrumentos estarem aprovados, garantindo que "não está prevista nenhuma substituição".

Apenas depois da insistência dos jornalistas é que o primeiro-ministro revela a saída prevista de Ana Paula Zacarias, secretária de Estado dos Assuntos Europeus que "terá de sair para regressar à carreira diplomática no próximo movimento diplomático", já depois de setembro.

Negando cansaço no Governo — pelo contrário, Costa fala em "enorme energia, vontade e entusiasmo das pessoas todas" no Conselho de Ministros —, o primeiro-ministro rejeitou a ideia de que o país pede uma renovação.

"O que o país pede é que prossigamos o trabalho que temos vindo a fazer de combater a pandemia, que se concentre em apoiar este esforço extraordinário que as empresas e os trabalhadores têm feito para enfrentarmos a crise económica. Temos de nos concentrar nisso e não com casos e casinhos", atirou.