Na conferência de imprensa de acompanhamento da covid-19, a principal responsável técnica da OMS no combate à pandemia, a norte-americana Maria Van Kerkhove, afirmou que o trabalho com cientistas e responsáveis de saúde pública "vai continuar" no que diz respeito quer ao novo coronavírus quer a outras emergências sanitárias.
Questionado na passada segunda-feira se os Estados Unidos ainda tinham alguma relação com a OMS, o diretor geral da agência, Tedros Ghebreyesus, tinha já respondido sumariamente: "Sim, os Estados Unidos ainda são um estado membro da OMS", apesar de em 29 de maio Trump ter afirmado que nesse dia terminava a relação dos EUA com a OMS.
Trump acusou a OMS de servir os interesses da China, país que acusa de falta de transparência em relação à disseminação do novo coronavírus responsável pela covid-19, a pandemia que começou na cidade chinesa de Wuhan.
Antes de anunciar o corte de relações, o ocupante da Casa Branca tinha afirmado que os Estados Unidos iriam cortar o financiamento à OMS, que no biénio 2018-2019 representou quase 900 milhões de dólares.
No entanto, Maria Van Kerkhove assegurou que o trabalho da OMS com os cientistas norte-americanos continua diariamente "através de redes internacionais de colaboração de gestão clínica, desenvolvimento de vacinas, terapêuticas, modelos matemáticas, prevenção de infeções e controlo de riscos sanitários".
Assim, a ligação da OMS aos EUA continuará com os cientistas "do Centro de Controlo de Doenças, do Instituto Nacional de Saúde", tal como acontece com outros países, indicou.
"Essa é uma das nossas forças como organização", declarou, acrescentando que a comunidade científica e médica norte-americana faz "grandes contribuições individuais e coletivas para a saúde global".
O diretor executivo do programa de emergências sanitárias da OMS, Michael Ryan, referiu que "essas instituições e indivíduos trabalham todos para a saúde global para garantir uma melhoria das experiências, resultados e sobrevivência de todos os seres humanos".
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