No âmbito da apreciação do respetivo Pedido de Informação Prévia (PIP), o esboço do projeto foi divulgado, na terça-feira, pela empresa proprietária do espaço, para a construção do novo Complexo Turístico das Piscinas.
“A Marinha Grande não é um concelho que tenha muitas camas, mas temos duas praias muito importantes: São Pedro de Moel e a Praia da Vieira. São duas praias que precisam de dinâmica e de ter camas para as pessoas se poderem alojar, em termos turísticos. São Pedro de Moel vai dar, com toda a certeza, um passo de gigante”, até porque tem “todo um potencial”, assumiu Aurélio Ferreira, presidente da Câmara da Marinha Grande (+MpM), no distrito de Leiria.
O autarca lembrou à Lusa que “São Pedro de Moel é uma das praias mais bonitas do país e, portanto, era feio, mau e desagradável ter aquela infraestrutura abandonada há tantos anos”.
“Agora vai, com toda a certeza, dar um impulso grande naquilo que é o turismo de São Pedro Moel”, reforçou.
Aurélio Ferreira garantiu que o projeto “é mesmo para avançar”. “Este projeto tem vindo a ser trabalhado por mim praticamente neste início de mandato há mais de dois anos. É muito importante, porque é estratégico para a nossa comunidade, sobretudo para a Marinha Grande, mas também para quem nos visita. Quem visitou há muitos anos a Marinha Grande pode não se recordar de muitas coisas, mas recorda-se das piscinas de São Pedro Moel”, afirmou.
Segundo o presidente, este foi um processo complicado. Por estar próximo do mar, tem a condicionante do Programa da Orla Costeira Ovar-Marinha Grande e teria de garantir o parecer da Agência Portuguesa do Ambiente.
“Tivemos de ultrapassar também a parte regulamentar e legislativa. Também o promotor estava empenhado em fazê-lo e procurou encontrar um arquiteto com muito prestígio e experiência em infraestruturas deste género”, explicou.
Para o autarca, só foi possível desbloquear a situação por se terem “desfocado do problema” e “focado na solução”.
O projeto vai ser finalizado para depois entrar na fase de licenciamento e a obra avançar: “É uma obra que vai dignificar, enaltecer e engrandecer o concelho. A nossa região também fica com toda a certeza mais bem servida”.
“As piscinas vão fazer não tarda 60 anos (1965) e é fundamental que aquelas piscinas existam. No entanto, há mais de 10 anos que as piscinas estão abandonadas e naquele estado de degradação, que envergonham quem ali passa. Por isso, para nós, é um projeto estratégico”, precisou Aurélio Ferreira.
A proposta prevê a requalificação do edifício existente, inserido na encosta, recuado em relação ao mar, mantendo o espaço exterior o mais livre possível.
“Mantém-se o uso de serviços turísticos, com a instalação de um empreendimento de 15 apartamentos turísticos de tipologia 1 e 2, com classificação de 3 estrelas, um ginásio e um ‘kids club'”.
O complexo irá reduzir a área de construção e redefinir o seu volume, assegurando maior harmonia do conjunto com a envolvente.
O empreendimento inclui ainda piscinas exteriores, um grande espaço de solário, área de animação infantil e espaços de lazer ao ar livre e um restaurante com esplanada.
“A zona sul é reservada às piscinas, com um grande plano de água e com a piscina de saltos transformada em ‘chapinheiro’ para crianças, mantendo as pranchas como memória. A piscina grande será redimensionada”, acrescentou a Câmara, em nota de imprensa.
Paralelamente, foi aprovado outro PIP relativo à construção de um conjunto habitacional, no terreno que confina a nascente com o Complexo das Piscinas, composto por 14 apartamentos T2 e T3, em dois pisos e um piso de cave de estacionamento para 33 lugares.
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