
As habitações terão rendas entre os 525 e os 950 euros, consoante a tipologia, e estarão disponíveis por um período mínimo de dez anos. O projeto será desenvolvido pela construtora Garcia Garcia e inclui dois T0, 36 T1, 71 T2 e 15 T3.
Segundo a Câmara Municipal do Porto, esta iniciativa surge como resposta à crescente dificuldade da classe média em aceder à habitação a preços compatíveis com os seus rendimentos. “O único encargo a suportar pela autarquia diz respeito aos eventuais subsídios que vierem a ser atribuídos e que se estima que representem 160 mil euros por ano”, explicou o presidente Rui Moreira. O município funcionará como arrendatário e será ressarcido pelas rendas pagas pelos subarrendatários.
O projeto será apresentado na próxima reunião do executivo municipal, a 16 de junho, no âmbito da atualização do programa municipal “Porto com Sentido”, que incorpora alterações à legislação nacional, nomeadamente no que diz respeito ao arrendamento acessível e ao Simplex urbanístico.
Luís Menezes, CEO do Grupo Ageas Portugal, destacou que o empreendimento “Jardins do Oriente” representa o primeiro investimento privado em larga escala em arrendamento acessível no país. “Trata-se de um investimento com impacto real na comunidade”, afirmou.
Também Miguel Garcia, administrador da Garcia Garcia, sublinhou o caráter inovador da iniciativa e o seu impacto social. “É com orgulho que integramos esta iniciativa pioneira no país, sendo um exemplo de como o setor privado pode contribuir ativamente para responder aos desafios habitacionais das cidades”, afirmou.
Com esta aposta, Campanhã reforça-se como zona de regeneração urbana e símbolo de uma nova geração de soluções urbanas, aponta o município.
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