“Vitória! 629 migrantes a bordo do navio Aquarius em direção a Espanha. Primeiro objetivo alcançado”, escreveu o ministro na sua conta no Twitter.
Salvini deu também uma conferência de imprensa onde afirmou que a situação do navio “se resolveu graças ao bom coração do Governo espanhol”, que se ofereceu para receber o navio da organização não-governamental francesa SOS Mediterranée no porto mediterrânico de Valência (leste de Espanha).
O Aquarius, que transporta migrantes resgatados do Mediterrâneo ao longo do dia de sábado, foi proibido no domingo de atracar num porto italiano.
Itália pediu a Malta para acolher os migrantes, mas Malta recusou, atribuindo a responsabilidade a Itália.
O impasse foi desbloqueado ao princípio da tarde de hoje com a oferta do primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, de acolher o navio em Valência.
“É nossa obrigação ajudar a evitar uma catástrofe humanitária e oferecer um porto seguro a estas pessoas, cumprindo desta forma com as obrigações do Direito Internacional”, lê-se num comunicado da presidência do governo espanhol.
Os chefes de governo de Itália, Giuseppe Conte, e de Malta, Joseph Muscat, agradeceram o gesto espanhol.
“Tínhamos pedido um gesto de solidariedade da União Europeia (UE) para esta emergência. Devo agradecer às autoridades espanholas terem dado acolhimento ao nosso pedido”, disse Conte à imprensa durante uma visita à cidade de Accumoli (centro de Itália).
Conte, à frente da coligação de governo entre a Liga, nacionalista e xenófoba, e o Movimento 5 Estrelas, antissistema, sublinhou que “a verdadeira emergência continua a ser a gestão dos fluxos migratórios”.
Muscat agradeceu igualmente a Madrid, numa declaração em que volta a criticar Itália.
“Agradeço a Espanha e ao primeiro-ministro Pedro Sánchez por receberem o Aquarius depois de Itália violar a lei internacional e provocar um impasse. Malta vai enviar mantimentos frescos para o barco”, escreveu Muscat no Twitter.
“Temos de nos sentar e discutir como evitar que isto volte a acontecer. Esta é uma questão europeia”, escreveu.
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