Saad Ibrahim Almadi, de 72 anos e de origem saudita, foi detido em 2021 por uma série de mensagens que, segundo o filho, expressavam opiniões "moderadas" sobre a guerra no Iémen ou o assassinato do jornalista Jamal Khashoggi.

Em outubro, um tribunal anunciou uma pena de 16 anos de prisão para Almadi, uma sentença que foi ampliada em fevereiro para 19 anos, antes da sua libertação surpreendente nesta terça-feira, afirmou o seu filho Ibrahim.

"Ele foi libertado há cinco horas. Está em sua casa em Riad", disse o filho à AFP por telefone a partir dos Estados Unidos. Nem a Arábia Saudita nem os Estados Unidos confirmaram até agora a libertação de Saad.

Saad Ibrahim Almadi não pode deixar o país devido a uma restrição de viagens decretada no ano passado, acrescentou.

A detenção do norte-americano foi uma das várias alegadas violações dos direitos humanos que prejudicaram as relações entre o príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman, e o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. Outra foi o homicídio de Jamal Khashoggi, colaborador do jornal norte-americano Financial Times, dentro de um consulado saudita em Istambul, em 2018.

Riade e Washington, dois aliados de longa data, tiveram discussões nos últimos anos por questões como os direitos humanos ou os cortes de produção de petróleo decretados pela Opep+, liderada pela Arábia Saudita.

O Departamento de Estado afirmou no ano passado que expressou de maneira "consistente e intensa" a preocupação com o caso ao governo saudita e destacou que "exercer a liberdade de imprensa nunca deve ser criminalizado". As autoridades sauditas não comentaram o caso.