Osoro falava após a apresentação do Encontro Europeu de Jovens, que se realizará em Madrid de 28 de dezembro a 1 de janeiro de 2019, organizado pela comunidade ecuménica de Taizé.
O cardeal disse que a igreja está disposta a enfrentar esta questão e que o papa Francisco foi o primeiro a faze-lo.
"Quando existe uma situação que precisa ser tratada, devemos enfrentá-la", disse o arcebispo, sublinhando que esta questão "tem de desaparecer da vida da Igreja".
O papa convocou os presidentes de todas as conferências episcopais para uma cimeira de 21 a 24 de fevereiro sobre os abusos sexuais na Igreja, tendo sido pedido que ouçam as vítimas dos seus países antes do evento.
Numa carta enviada a todas as conferências episcopais, a organização da cimeira apela a todos os participantes para “seguir o exemplo do papa Francisco e encontrarem-se pessoalmente com as vítimas de abusos antes da cimeira em Roma”.
A comunicação também contém um questionário em anexo que deve ser preenchido antes de 15 de janeiro e que pode fornecer "uma ferramenta para todos os participantes na reunião de fevereiro para expressar as suas opiniões de maneira construtiva e crítica à medida que avançam na identificação onde a ajuda é necessária para realizar reformas.
Segundo uma nota do Vaticano, "a reunião focará três temas principais: responsabilidade, assunção de responsabilidades e transparência, e os participantes trabalharão juntos para responder a este sério desafio".
Numa reunião sem precedentes, participarão, além dos representantes das 130 conferências episcopais, algumas vítimas de abusos por parte do clero, chefes das igrejas católicas do Oriente, responsáveis de dicastérios e representantes das uniões superiores generais tanto femininas como masculinas e membros da Comissão para a Proteção de Menores, entre outros.
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