“Foi estabelecida a quota de 600 passageiros diários para o regresso ao país. Aqueles que regressarem do exterior, entre 01 de julho e 31 de agosto, serão obrigados a isolarem-se em lugares determinados pelos governos locais durante 10 dias. A hospedagem nos locais de isolamento será paga pelo passageiro”, determinou o Governo, em comunicado.
O aeroporto internacional de Ezeiza (Buenos Aires) vai continuar a ser a única porta de entrada para quem regressa ao país, mas o número de chegadas foi reduzido de 2.000 pessoas para 600 por dia.
O Governo argentino alega que só tem condições para monitorizar essa quantidade diária e que o único porto de entrada com estrutura para efetuar essa fiscalização é o principal aeroporto do país. Todas as fronteiras terrestres continuarão fechadas, incluindo para os cidadãos argentinos.
As autoridades justificaram a exigência de isolamento em hotéis sanitários com a falta de cumprimento da atual quarentena no domicílio. Segundo o Departamento de Migrações, apenas 40% dos que entravam no país cumpriam os sete dias de confinamento.
Os que já regressaram de viagem e cumprem atualmente “o isolamento nos seus domicílios” vão poder concluí-lo, informou o executivo, avisando no entanto que “serão fiscalizados” e que se expõem a sanções penais “em caso de incumprimento”.
As fronteiras vão continuar fechadas para os turistas estrangeiros, permanecendo também suspensos os voos provenientes do Reino Unido, Irlanda do Norte, Chile, Brasil, Índia, Turquia e de todos os países africanos.
Pelas regras atuais, os cidadãos argentinos e os residentes que regressam ao país têm de fazer três exames: um teste molecular RT-PCR no país de origem, realizado até 72 horas antes do embarque, um teste de antigénio ao aterrar em Buenos Aires e um novo RT-PCR sete dias depois. Todos os testes são pagos pelo viajante.
Se o resultado for positivo, um quarto exame será necessário para definir a variante de contágio. Caso seja negativo, o isolamento passa a ter de ser feito num hotel sanitário, designado pelo Governo, também a expensas do viajante.
Milhares de argentinos saíram do país nas últimas semanas para se vacinarem nos Estados Unidos contra a covid-19.
Devido à falta de vacinas, o Governo argentino deu prioridade à administração da primeira dose para o maior número de pessoas, alargando de três semanas a três meses o período recomendando entre as duas doses, uma estratégia que expõe o país em caso de proliferação da variante Delta, primeiro identificada na Índia.
O país administrou a primeira dose da vacina contra a covid-19 a 34,3% da população, tendo 8,5% concluído o esquema de vacinação.
Com 45 milhões de habitantes, a Argentina acumulou 4,375 milhões de contágios desde o início da pandemia e 91.979 mortes.
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