De acordo com um comunicado divulgado, a GNR deteve, na quarta-feira, “dois homens, de 33 e 39 anos, por suspeita de crime extorsão, em Albufeira”.

O PÚBLICO noticiou, ao final da tarde de hoje, que um dos homens detidos é João Pais, conhecido como 'Caveirinha', um dos arguidos no processo sobre o furto e a recuperação das armas do paiol de Tancos.

Questionada pela Lusa, a GNR confirmou que um dos homens detidos é, efetivamente, João Pais.

Os dois suspeitos estiveram durante o dia de hoje no Tribunal de Instrução Criminal de Faro, onde decorreu o primeiro interrogatório judicial para aplicação das medidas de coação, mas “as diligências vão continuar amanhã”, especificou aquela força de segurança.

A nota divulgada esclarece que a detenção de João Pais e do outro homem aconteceu no decurso de uma investigação que decorria há 15 dias, motivada por denúncia relacionada com um crime de extorsão.

“Os dois homens suspeitos terão tentado extorquir a quantia de 10.000 euros a um cidadão, através de ameaças e agressões físicas”, prossegue o comunicado.

A GNR também apreendeu, na sequência de duas buscas domiciliárias e quatro a veículos, 16 doses de haxixe, 10.961 euros, oito telemóveis, cinco equipamentos informáticos e vários engenhos pirotécnicos.

Na detenção estiveram envolvidos 32 elementos, da GNR, do Grupo de Intervenção de Operações Especiais, do subdestacamento e do Núcleo de Investigação Criminal de Albufeira.

João Pais é um dos 23 arguidos no processo relativo ao roubo e recuperação de material militar do paiol de Tancos.

A 'Caverinha', assim como a mais oito suspeitos - Válter Abreu, Filipe Sousa, António José dos Santos 'Laranjinha', Fernando Santos, Pedro Marques, Gabriel Moreira, Hugo Santos e João Paulino - é imputado o crime de terrorismo.

João Pais também estava em prisão preventiva, mas, em 20 de março, o juiz Carlos Alexandre decretou a libertação deste suspeito e de mais seis, na sequência do adiamento 'sine die' da fase de instrução, por causa da pandemia.

O despacho publicado nesse dia dá conta de que a decisão foi justificada com a impossibilidade de fazer o debate instrutório até 17 de abril, devido à pandemia da doença provocada pelo novo coronavírus, data em que terminava a prisão preventiva dos sete arguidos.

Entre os 23 arguidos também está o ex-ministro da Defesa Nacional, Azeredo Lopes, acusado de prevaricação e denegação de justiça, abuso de poder e favorecimento pessoal.

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