Os dois, figuras destacadas do partido, juntam-se a Norbert Röttgen, 54 anos, ex-ministro do Ambiente e presidente da comissão parlamentar de Negócios Estrangeiros da câmara baixa do parlamento (Bundestag), o primeiro a anunciar a candidatura, há uma semana.
Jens Spahn, o ministro da Saúde, que era apontado como potencial candidato, anunciou hoje que apoia a candidatura de Laschet.
O partido anunciou na segunda-feira a convocação de um congresso extraordinário para 25 de abril, em Berlim, para escolher o sucessor de Annegret Kramp-Karrenbauer, como líder e como candidata a chanceler nas eleições federais previstas para outubro de 2021, que se demitiu a 10 de fevereiro.
A CDU atravessa uma crise política devido a uma série de derrotas eleitorais e persistentes críticas dentro do partido, dividido entre uma ala mais centrista e uma outra mais conservadora.
Armin Laschet, 59 anos, que lidera a CDU no estado mais populoso da Alemanha, é identificado com a ala centrista, seguida por Merkel, e assegurou hoje em conferência de imprensa que quer unir o partido, e o país, “com políticas concretas" para os jovens e os idosos, para as cidades e as zonas rurais, para o presente e o futuro.
Defendeu ainda uma Alemanha que assuma a “sua responsabilidade” na Europa, trabalhando para uma União Europeia “capaz e autónoma”.
Friedrich Merz, 64 anos, um antigo rival de Angela Merkel que tem estado afastado da primeira linha da política, é considerado muito conservador e apresentou-se hoje como o candidato da “rutura e da renovação”, por oposição a Laschet, que qualificou de “candidato da continuidade”.
Criticou a governação do governo de coligação entre a CDU e os sociais-democratas do SPD, “uma carga” para as próximas gerações, e defendeu que a CDU deve continuar a ser “o partido da Europa” na Alemanha.
A corrida à sucessão de Angela Merkel na chefia do governo na Alemanha reabriu com o anúncio, a 10 de fevereiro, da líder da CDU, Annegret Kramp-Karrenbauer, de que se demitia da liderança e que não seria candidata a chanceler nas eleições de 2021.
Eleita para a liderança em dezembro de 2018, AKK, como é conhecida, enfrentou um partido em crise, acentuada por uma série de derrotas em eleições regionais, que culminou com o “caso Turíngia”, em que a CDU daquele estado do leste da Alemanha desafiou as suas instruções e rompeu o “cordão sanitário” contra a extrema-direita, aceitando colaborar com a Alternativa para a Alemanha (AfD) para afastar A Esquerda do governo regional.
Angela Merkel, 65 anos, desde 2005 na chefia do governo alemão, anunciou em 2018 que não se recandidata ao cargo em 2021.
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