Dezenas de pessoas, entre militantes, familiares e amigos, participaram na cerimónia antes do funeral, em que foi evocada a figura do advogado e líder histórico do partido na sede do PCTP/MRPP, em Lisboa, onde foi colocada uma fotografia e o último ‘tweet’ de Arnaldo de Matos no Twitter.

No final, cantou-se “A Internacional” e no momento em que saiu o caixão, coberto com uma bandeira vermelha do PCTP/MRPP, sob uma salva de palmas, ouviu-se gritar “Honra ao camarada Arnaldo Matos".

Entre os presentes estavam Ramalho Eanes, que comandou a companhia integrada por Arnaldo Matos em Macau, na década de 1960, e Vítor Ramalho, o ex-dirigente do PS que no sábado lembrou, num artigo no Público, o lembrou como “um homem frontal, franco, determinado, profundamente convicto das suas ideias” e que “morreu com elas”.

O fundador do Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses (PCTP/MRPP) Arnaldo Matos morreu sexta-feira de madrugada, aos 79 anos.

Arnaldo Matias de Matos nasceu na Madeira, em Santa Cruz, em 24 de fevereiro de 1939.

Foi um dos fundadores do Movimento Reorganizativo do Partido do Proletariado (MRPP), em Lisboa, na clandestinidade, em 18 de setembro de 1970, juntamente com Vidaúl Ferreira, Fernando Rosas e João Machado, que mais tarde se transformou em PCTP (Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses)/MRPP, e do qual foi o seu líder histórico.