Um dia depois da publicação do artigo de Sócrates no “site” do jornal Expresso, Cristas foi questionada pelos jornalistas, numa ação de campanha para a legislativas de 6 de outubro em Lagos, distrito de Faro, e confessou não ter lido.

“Não, não li, mas estes três nomes juntos a falarem sobre este assunto quer dizer alguma coisa”, declarou, depois dos comentários, “nas últimas 24 horas”, do ministro dos Negócios Estrangeiros e candidato a deputado Augusto Santos Silva e de Carlos César, presidente dos socialistas.

As declarações de Santos Silva, César e Sócrates, “todos na defesa do PS” tem um significado, só não disse qual.

“Quem não ouvi falar foi o primeiro-ministro”, anotou ainda a presidente do CDS, que no sábado desafiou António Costa a dar esclarecimentos e hoje ignorou o que disse o líder socialista numa entrevista à RTP.

Assunção não se sente visada no artigo do ex-primeiro-ministro e antigo líder do PS por uma eventual utilização do tema de Tancos na campanha eleitoral, dado que argumentou, os centristas falam deste assunto “com o crédito” de, desde o furto do material militar e posterior recuperação, em 2017, terem dito que esta era “uma questão política de grande gravidade”

E prometeu que o CDS “continuara na linha da frente e continuar a pedir esclarecimentos” a António Costa, condenando o “silêncio permanente” do primeiro-ministro perante o processo.

No sábado, numa conferência de imprensa na sede nacional do partido, Assunção Cristas desafiou Costa a dar mais explicações sobre o que sabia, ou não, acerca da operação de encobrimento na recuperação do material militar e defendeu que o Ministério Público deve analisar se houve “declarações falsas” do chefe do Governo e o ministro Azeredo Lopes, que se demitiu por causa do processo.

No artigo publicado domingo no semanário Expresso 'online', e também enviado à Lusa, Sócrates considera que a apresentação da acusação judicial sobre o caso de Tancos a meio da campanha eleitoral tem "evidente e ilegítima motivação política" e crítica anteriores declarações de António Costa sobre justiça.

"Para ir direto ao assunto, considero que a apresentação da acusação judicial de Tancos tem uma evidente e ilegítima motivação política. Não só pelo momento escolhido - no meio da campanha eleitoral -, mas, principalmente, pela forma como o Ministério Público orientou a sua divulgação pública", sustenta o líder dos socialistas entre 2004 e 2011, também acusado no âmbito do processo Marquês, que investigou corrupção, evasão fiscal e branqueamento de capitais.

(Notícia atualizada às 14:03)

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