Em comunicado, a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) refere que o local “funcionava sem condições técnico-funcionais e de higiene”, e ali era feito um “abate massivo” de animais de várias espécies.

O espaço foi desmantelado na sequência de uma investigação da própria ASAE, no âmbito do combate a ilícitos criminais contra a saúde pública.

Segundo a autoridade, daquela operação, além do desmantelamento daquele espaço, resultaram a instauração de um processo-crime pela prática do crime contra a saúde pública de abate clandestino, a detenção em flagrante delito de um suspeito e ainda a apreensão de 33 animais abatidos, 159 ovinos e caprinos, cerca de 200 quilos de vísceras, os instrumentos usados no abate (17 facas e um fuzil) e dois computadores portáteis.

No texto, é explicado que a carne dos animais abatidos naquele local era, depois, encaminhada para o “circuito do consumo público sem que fosse sujeita à competente inspeção sanitária oficial, obrigatória antes e após o abate, para despiste de doenças”.

“Esta prática ilegal colocava em risco a saúde pública, ao permitir a circulação de carne potencialmente contaminada ou inadequada para consumo humano”, salienta a ASAE.

A ASAE esclarece que os animais abatidos apreendidos foram “encaminhados para Unidade de Transformação de Subprodutos (M1) legalmente aprovada, acautelando-se desta forma que os mesmos não fossem introduzidos para consumo humano”.

Isto porque “não estava garantida a segurança e a qualidade alimentar para o consumo público e por não terem sido asseguradas as medidas e as condições de higiene necessárias para controlar as probabilidades de surgir um efeito nocivo para a saúde pública”.

A operação foi feita através da Brigada de Práticas Fraudulentas da Unidade Regional do Norte – Unidade Operacional do Porto da ASAE, com o apoio Unidade Nacional de Informações e Investigação Criminal (UNIIC), numa operação de fiscalização no distrito de Vila Real.