Os acionistas da Lusa, da qual o Estado detém a maior posição, tinham adiado, pela segunda vez, em 29 de abril, a reunião magna, para hoje, tendo em vista a aprovação de três pontos, entre os quais o plano de atividades e orçamento para este ano.
"O acionista Estado, através da sua representante, disse que não havia condições" para aprovar os três pontos, pelo que deu "por encerrada" a assembleia-geral, disse o presidente do Conselho de Administração da agência, Nicolau Santos, à Lusa.
Agora, o acionista Estado deverá convocar no prazo de 30 dias "a nova assembleia-geral", acrescentou.
A falta de aprovação do plano de atividades e orçamento tem vários impactos na vida empresa, desde do ponto de vista de investimento como da aplicação de benefícios sociais, por exemplo.
O plano de atividades da Lusa prevê um conjunto de investimentos para 2019 que incluem a modernização tecnológica, obras na sede e em algumas delegações e a aposta estratégica no eixo Macau-China.
"Macau foi definido por Pequim como a plataforma chinesa para ligação aos países de língua oficial portuguesa e nós somos, indiscutivelmente, a agência, a nível mundial, que tem mais-valias em relação à informação produzida nos países de língua oficial portuguesa em África. Eles estão interessados na nossa informação e nós estamos interessados em comercializar, em vender-lhes", tinha afirmado o presidente em março, na primeira assembleia-geral.
A Lusa é detida em 50,14% pelo Estado, seguindo-se acionistas privados como a Global Media Group (23,36%) ou a Impresa (22,35%), entre outros.
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