“O ministro não garantiu nada para já, diz que não faz promessas e que já pediu à Guarda Nacional Republicana um levantamento dos militares que têm as condições para progredir em 2018”, disse aos jornalistas o presidente da APG, César Nogueira, no final de uma reunião com o ministro da Administração interna, Eduardo Cabrita.
O presidente da associação socioprofissional da GNR adiantou que a APG “não vai aceitar” que não seja contabilizado o tempo em que as carreiras estiveram congeladas, entre 2011 e 2017, esperando que seja “o maior número possível” de militares que venham a progredir em 2018, depois de feito o levantamento.
César Nogueira sublinhou que não foi dado qualquer prazo ao Governo, mas em janeiro espera que o levantamento esteja feito, uma vez que esse número “já existe”, é “rápido e fácil” de obter.
“Quem tem direito à progressão deve progredir já no início do ano”, realçou, ameaçando com novas ações de luta, caso a situação não seja resolvida.
Outro dos assuntos abordados na reunião foi, segundo César Nogueira, as promoções que estão em atraso desde 2016, tendo só sido efetuadas um terço.
Nesta primeira reunião, a APG pediu ao ministro da Administração Interna para que as promoções de 2016 sejam feitas até ao final do ano e que, no início de 2018, sejam concretizadas as que deviam ter sido feitas em 2017.
“Não temos garantias nada, embora seja uma primeira reunião. Queremos que pelo menos estas questões se resolvam no imediato”, afirmou.
O ministro da Administração Interna tem estado reunido ao longo da tarde de hoje, pela primeira vez, com representantes de três sindicatos da PSP, um do SEF e uma associação da GNR, sendo o desbloqueamento das carreiras o assunto em destaque na reunião.
Eduardo Cabrita recebeu anteriormente a Associação Sindical dos Profissionais da Polícia e o Sindicato dos Profissionais de Polícia, que também não receberam qualquer garantia sobre o desbloqueamento de carreiras.
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