No final de uma reunião com o diretor-geral de Reinserção e Serviços Prisionais, a presidente da APAR, Maria do Céu Cotrim, disse à agência Lusa que ficou decidido no encontro a celebração, “num “futuro muito próximo”, de um protocolo com o objetivo de estabelecer relações de parceria e de entendimento com a DGRSP.

Este protocolo vai permitir que a APAR possa “agir, atuar e entrar em contacto com os reclusos”, sustentou, dando conta que esta associação de apoio aos reclusos tem tido dificuldade em entrar nos estabelecimentos prisionais e comunicar com os presos.

Como exemplo, referiu que há reclusos que não recebem a correspondência da APAR e há um diretor de uma prisão que não considera esta associação legal.

Maria do Céu Cotrim referiu que esta reunião com o diretor-geral teve como objetivo fundamental restabelecer a relação, tendo em conta que a APAR há muitos anos não mantinha qualquer tipo de relacionamento com a DGRSP.

“Foi um primeiro contacto e existiu muito abertura”, frisou.

Durante a reunião, a APAR deu ainda conta ao diretor-geral da importância que a associação teve junto dos reclusos em “pacificar internamente as prisões” durante as sucessivas greves dos guardas prisionais.

Questionada sobre o clima atual dentro das prisões, a presidente da APAR disse que “não há notícia que neste momento existam conflitos nos estabelecimentos prisionais”.