Luís Lagos adiantou que o encontro, o primeiro entre as partes desde os incêndios de outubro de 2017, da direção da AVMISP com António Costa, em Lisboa, está marcado para as 11:30 de dia 9, uma sexta-feira.
Para o empresário de Oliveira do Hospital, no distrito de Coimbra, estão “reunidas as condições necessárias para interromper um período marcadamente reivindicativo e encetar um diálogo profícuo com o Governo, tendo em vista a imediata reconstrução da vida das pessoas e a reposição da atividade” económica.
“É fundamental dar início a uma nova fase, assim como projetar novos e ambiciosos modelos de desenvolvimento do interior do país, elementares no reforço da coesão territorial, na fixação de populações e na valorização do potencial endógeno desta região”, afirma Luís Lagos em comunicado.
Mais de três meses após os incêndios de 15 e 16 de outubro, nos quais Oliveira do Hospital foi um dos concelhos mais afetados, com 12 mortos e elevados prejuízos materiais, importa “ter uma postura de colaboração com o Governo e outras entidades no sentido de ajudar a criar condições para que idêntica tragédia nunca mais se repita”, acrescenta.
“Não temos dúvidas de que o fogo é a consequência. A causa é, somente, o abandono do território”, refere na nota.
Os fogos de outubro de 2017 “provocaram danos materiais e imateriais que não têm par na história recente” de Portugal.
“Perante este dantesco cenário, a AVMISP esteve no terreno, desde o primeiro momento, a procurar perceber as principais dificuldades sentidas pelas vítimas e lesados dos incêndios”, recorda.
Segundo Luís Lagos, a audiência com o primeiro-ministro visa “retificar e agilizar algumas das medidas de apoio às vítimas” anunciadas pelo Governo.
As condições de comparticipação do programa REPOR, a criação de um mecanismo idêntico ao REVITA (fundo de apoio às populações e à revitalização das áreas afetadas pelos incêndios de 17 de junho, em Pedrógão Grande e municípios vizinhos) e o apoio para as atividades agrícolas de média e grande dimensão “são alguns dos pontos (…) que devem ser rapidamente corrigidos”, defende.
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