Um vídeo publicado na quinta-feira por uma associação de defesa dos animais denuncia as condições de um criadouro de patos no sudeste de França destinado à fabricação do apreciado foie gras e pede o seu fim "urgente e definitivo".
Os locais são "totalmente insalubres", há animais mortos em "decomposição", as jaulas "caem aos pedaços", os patos vivem sobre uma espessa camada de "excrementos" que "passa para o exterior", e há minhocas e ratos neste criadouro de Lichos, nos Pireneus Atlânticos, a 50 km da comuna francesa de Pau.
Os patos, cerca de 150, vivem nestas condições, denuncia a associação.
As fotos e os vídeos publicados na internet pela associação foram feitos "há alguns dias" em agosto, depois de uma denúncia. "Mostram o pior criadouro que já vimos desde o início da L214" em 2008, garantiu Sébastien Arsac, diretor de investigação da entidade.
O Ministério da Agricultura, que soube da existência do vídeo, declarou na quinta-feira que irá investigar o caso, mas afirmou tratar-se de um caso isolado.
O advogado da L214 apresentou na quarta-feira uma denúncia por "crueldade contra os animais", "abandono" e "delito contra o meio ambiente", em função dos riscos para um riacho vizinho devido aos excrementos ali depositados e que têm origem na criação de patos.
A L214, uma associação hostil à criação de animais e ao consumo de todos os produtos de origem animal, pede o encerramento de todos os matadouros. A entidade tem como alvo a exploração do setor de foie gras, um símbolo da gastronomia francesa feito a partir do fígado do pato forçosamente alimentado à exaustão.
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