O peso deve ser introduzido como critério no Imposto sobre Veículos (ISV), “sob a forma de uma taxa em função do peso do automóvel”, diz a Zero em comunicado.
A associação justifica que os veículos mais pesados, além de poluírem mais, provocam um maior desgaste nas estradas, acarretam maiores riscos para os peões em caso de atropelamento, são mais ruidosos e têm maior pegada ecológica de fabrico.
A associação propõe que a taxa seja progressiva e aplicada a partir de um valor determinado de peso.
Pode começar nos cinco euros por quilo adicional de peso a partir dos 1.400 quilos de peso do veículo, subindo para os 10 euros por quilo a partir de um peso de 1.800 quilos, exemplifica.
A sugestão da Zero surge no âmbito de um estudo europeu hoje divulgado segundo o qual carros mais pequenos permitem reduzir a necessidade de metais essenciais na Europa.
O estudo, da Federação Europeia dos Transportes e Ambiente (T&E na sigla original), que junta organizações não-governamentais da área dos transportes e do ambiente, diz que a procura de matérias-primas essenciais vai aumentar muito rapidamente.
Segundo a T&E, da qual a Zero faz parte, a Europa necessitará até 2050 de 200 vezes mais destes metais do que os que consumiu em 2022.
Mas segundo o estudo a União Europeia e os governos podem reduzir esse consumo em quase metade se adotaram medidas como reduzir o tamanho dos automóveis, que sendo mais pequenos e leves não precisam de baterias tão grandes e usam menos metais essenciais.
Os Estados devem incluir incentivos fiscais para modelos mais pequenos, e ao nível da UE são necessárias normas em termos de eficiência das baterias e regulamentos para os fabricantes de automóveis produzirem mais modelos de entrada de gama, indica o estudo.
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