Em entrevista à agência Lusa no âmbito de um balanço do primeiro ano de mandato à frente da TPNP, Luís Pedro Martins destacou “a articulação” e o “trabalho conjunto” entre ambas as direções nos últimos meses de forma a que o "presidente da TPNP seja também presidente da ATP”.
“Fizemos inclusivamente várias reuniões entre as duas direções de forma a que o presidente da TPNP venha a presidir à ATP, a exemplo do que acontece em todo o país”, contou Luís Pedro Martins, referindo que essa solução é replicada noutras regiões de turismo do país.
A acumulação do cargo de presidente da TPNP e da ATP, entidades que têm o objetivo de promover o turismo da região Norte interna e externamente, respetivamente, não é novidade. Essa fusão de cargos existe, por exemplo, na Entidade Regional de Turismo da Região de Lisboa, com Vítor Costa, na Entidade Regional de Turismo do Centro de Portugal, com Pedro Machado, ou na Região de Turismo do Algarve, com João Fernandes, recordou Luís Pedro Martins.
“É vontade das duas direções que essa aproximação seja levada mesmo à prática no sentido de não ser só a presidência, mas também poder haver serviços que possam estar partilhados”, acrescentou.
O presidente da TPNP estima que a fusão das direções deva acontecer até ao final deste ano, ainda antes do final do seu primeiro ano de mandato da nova direção.
“Nós queríamos fazer isto em tempo recorde e que [o processo] ficasse concluído até ao final do ano (…), antes de concluir o primeiro ano de mandato”, assumiu, observando que faz sentido que “a promoção do destino não seja bicéfala”.
Luís Pedro Martins, ex-diretor executivo da Torre dos Clérigos do Porto, foi eleito presidente da TPNP a 18 de janeiro de 2019 para um mandato de cinco anos, sucedendo a Melchior Moreira, atualmente em prisão preventiva no âmbito da operação Éter.
“É uma aventura, mas que, na nossa opinião, faz todo o sentido que a estratégia de promoção do destino não seja bicéfala”.
A futura união das direções da TPNP e ATP vai ser possível pelo esforço do presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, do presidente da ATP, Ricardo Valente, e de todas as entidades que fazem parte da atual direção da ATP, como a Douro Azul, Câmara Municipal de Braga, Câmara Municipal de Arouca e Associação Comercial do Porto, elencou Luís Pedro Martins.
Segundo Luís Pedro Martins, a TPNP e a ATP “estavam de costas voltadas” no passado, tendo a TPNP, inclusivamente, saído como associada da ATP.
“Neste momento há duas entidades com duas direções diferentes, mas mesmo assim já conseguimos estar articulados e trabalhar em conjunto, e há hoje uma excelente relação entre a direção da TPNP e a direção da ATP. Nós em tão poucos meses revertemos toda esta situação”, disse.
A 29 de maio, a Lusa noticiou que a Assembleia Geral da TPNP aprovou por unanimidade uma proposta para a TPNP voltar a ser associada da ATP.
Na altura, a TPNP explicou que aquela proposta pretendia reatar uma relação que permitiria “estabelecer estratégias conjuntas de promoção do destino do Porto e Norte de Portugal”.
A Lusa tentou contactar o atual presidente da ATP, Ricardo Valente, mas tal não foi possível até ao momento.
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