O voto no CDS é o único que “não vai parar às mãos de António Costa, é um voto que não viabiliza um governo de António Costa”, afirmou Assunção Cristas a algumas dezenas de militantes num jantar de Natal do partido e da Juventude Popular de Lisboa, depois de insistir que nas legislativas de 2019 não haverá “voto útil”, nem à direita nem à esquerda.
A líder centrista colocou PS, BE, PCP, PEV e PAN no grupo dos “partidos da situação”, por terem votado o Orçamento do Estado do próximo ano, e fez uma descrição dos restantes, em que incluiu o novo partido, o Aliança, do antigo líder do PSD Pedro Santana Lopes.
O PSD é agora, aos olhos de Cristas, o partido “da colaboração”, que “diz que se for preciso dá uma mão ao PS e ajuda-o a libertar-se das esquerdas mais radicais”.
Depois, há a Aliança que “parecia que ia noutro sentido”, mas, afinal, “não é capaz de dizer de forma cristalina que não dá a mão a António Costa”, concluiu.
Por último, aparece o partido que lidera, o CDS, que diz “de forma cristalina” que não apoiará um eventual governo minoritário do PS saído das próximas eleições legislativas.
Os discursos de Assunção Cristas e, antes, do líder da JP, Francisco Rodrigues dos Santos, foram entre a sopa de legumes e um prato de carne assada. Os militantes ouviram, gostaram e aplaudiram.
No final, Cristas desejou-lhes “um santo Natal” com a família, pedindo-lhes que retemperem forças durante “as festas” para o trabalho em 2019, para o CDS ter “um bom resultado” nas eleições europeias, em maio, e legislativas, em outubro.
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