A audição de Carlos Pereira, na sexta-feira às 15:00, foi agendada hoje à tarde, horas depois da comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas ter adiado a reunião, acrescentou a mesma fonte.

PCP e CDS-PP apresentaram requerimentos na reunião da comissão, pedindo, respetivamente, um adiamento da audição marcada para hoje a Carlos Pereira, bem como uma audição ao ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, sobre esta nomeação para a Entidade Reguladora do Setor Energético (ERSE).

Um dos temas do debate quinzenal de hoje com o primeiro-ministro, na Assembleia da República, foi a escolha de Carlos Pereira, criticada pelo líder parlamentar do PSD, Fernando Negrão, e na véspera pelo deputado do CDS Pedro Mota Soares.

O Governo escolheu o deputado socialista Carlos Pereira para vogal do Conselho de Administração da ERSE, substituindo no cargo Alexandre Santos, cujo mandato terminou em maio.

A nomeação já teve parecer favorável da Comissão de Recrutamento e Seleção para Administração Pública (Cresap), que considerou que o perfil de Carlos Pereira é “adequado” às funções, visto que “apresenta um perfil académico com licenciatura em Economia complementada com pós-graduações em economia e sociologia rural, planeamento, estratégia e gestão de turismo”.

Além disso, o escolhido “tem experiência profissional superior a 20 anos em cargos de gestão privada e cargos políticos como vereador e deputado na Assembleia da República, onde participou em várias comissões relacionadas com este setor, destacando-se a coordenação da elaboração e discussão de diversos diplomas sobre o setor da energia”, refere o parecer a que a Lusa teve acesso.