De acordo com a Audiogest, num comunicado hoje divulgado, o “valor do fundo será diretamente canalizado para o apoio a projetos de edição de música nacional e irá beneficiar a totalidade do universo dos associados da Audiogest, que inclui as grandes ‘majors’ internacionais – responsáveis, em 2020, pela venda física e digital de cerca de 65% de todo o reportório nacional – e as editoras e artistas portugueses independentes”.
A Audiogest representa “180 associados, dos quais 40 produtores estrangeiros que operam em Portugal e 140 nacionais”.
Através do financiamento de projetos de música de artistas nacionais, a Audiogest pretende “apoiar a recuperação do setor após dois anos de fortes restrições ao nível da edição musical, devido à pandemia”.
As candidaturas a este fundo de 1,3 milhões de euros, que “representa cerca de 7% do mercado total nacional da música, nas suas diversas plataformas e mais de 10% do investimento total anual da indústria da edição musical em Portugal”, encerram na sexta-feira.
“As verbas disponibilizadas são provenientes dos fundos culturais geridos pela Audiogest, que constitui uma percentagem sobre os direitos cobrados, e serão disponibilizadas na sequência de um processo de candidatura não concursal e que se destina a garantir a efetiva afetação dos apoios a investimentos relacionados com a edição de reportório português”, explicou aquela associação.
A Audiogest recordou que, no ano passado, “quando todos os espetáculos musicais foram adiados ou cancelados, as editoras nacionais conseguiram manter os seus níveis de investimento, revelando enorme resiliência e assumindo – mesmo em circunstâncias particularmente adversas – o seu papel insubstituível de transformar talento em sucesso”.
Este ano, alerta, “a redução dos direitos distribuídos poderia pôr em risco a continuidade desse investimento, numa altura em que se torna fundamental o lançamento de novos projetos musicais”.
A Audiogest lembra que o setor da produção e edição musical “tem estado sistematicamente arredado de qualquer apoio específico recorrente por parte do Estado, em flagrante contraste com outros setores culturais”.
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