Jerónimo de Sousa falava numa sessão pública “contra o aumento do custo de vida”, que se realizou no Montijo e que contou com a presença da cabeça de lista da CDU pelo distrito de Setúbal às legislativas, Paula Santos.
“É neste enquadramento, neste virar de ano em que muitos deitam contas à vida face ao aumento de preços de bens e serviços essenciais que voltamos a insistir no aumento geral dos salários. De todas as medidas e opções a que um futuro governo terá de responder, o aumento dos salários é a mais emergente delas todas”, disse.
Na intervenção, o secretário-geral do PCP declarou que o ano de 2021 é marcado por um aumento significativo no preço de bens e serviços e que hoje na vida de milhões de portugueses pesa o agravamento dos preços das rendas de casa e as dificuldades no acesso à habitação.
O aumento do salário médio, adiantou, deve ser feito convergindo em cinco anos.
"Aumento do Salário Mínimo Nacional para 850 euros, que deveria conhecer ainda em 2022 o valor de 800 euros, medida absolutamente justa quando em Espanha o SMN está a caminho dos 1.000 euros e na Alemanha a caminho dos 2.000 euros", frisou.
Por outro lado, defendeu um aumento das pensões de reforma a partir de janeiro em 1,8%, com um valor mínimo de 10 euros, incluindo aquelas que estiveram congeladas nos últimos anos.
"Um Governo que todos os dias, a pensar nas eleições, não se coíbe de fazer promessas e anunciar medidas, não pode deixar e considerar a imediata concretização deste aumento extraordinário para os reformados", disse.
Jerónimo de Sousa considerou ainda "indispensável regular e tabelar preços".
"Temos proposto esse princípio em muitas áreas, sobretudo as que foram objeto de completa privatização e liberalização. A regulação dos preços na energia elétrica e nos combustíveis, nas telecomunicações e serviços bancários, nas rendas de casa, esta opção é de facto a alternativa à lei da selva que foi imposta pela privatização e liberalização de setores estratégicos", disse.
Para limitar preços, defendeu ainda um sistema fiscal mais justo num país "que tem das mais elevadas taxas de IVA da União Europeia, com os 23% a recaírem sobre muitos bens e serviços de primeira necessidade como é o caso da energia elétrica, que o Governo PSD/CDS impôs".
O líder comunista salientou que a redução do IVA sobre a eletricidade para 6% é um objetivo do qual não desiste e que a atual situação exige que seja adotada em 2022.
(Notícia atualizada às 13h30)
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