Scott Morrison indicou também que mais duas pessoas morreram na sequência dos incêndios, elevando para 23 o número de mortos desde setembro.
As mortes ocorreram na ilha Kangaroo, a 112 quilómetros de Adelaide, no estado da Austrália do Sul, onde arderam 100.000 hectares, a maioria no Flinders Chase National Park, onde vivem cerca de 60.000 cangurus e 50.000 coalas.
O primeiro-ministro advertiu que as próximas 24 horas serão “extremamente difíceis” face às temperaturas altas e aos ventos fortes previstos para hoje e confirmou ter adiado as visitas programadas à Índia e ao Japão, no final deste mês.
Em conferência de imprensa, também a chefe de governo de Nova Gales do Sul, Gladys Berejiklian, advertiu que o estado enfrenta hoje “mais um dia terrível” e pediu às pessoas que se encontram em áreas ameaçadas que se desloquem o mais rápido possível.
Ainda assim, prometeu que as autoridades nunca estiveram “tão preparadas” para enfrentar os fogos.
Já o comissário adjunto do serviço de combate a incêndios rurais de Nova Gales do Sul, Rob Rogers, avisou que os incêndios poderão evoluir hoje “com uma rapidez assustadora”.
“Infelizmente, é muito provável que percamos casas, mas ficaremos muito felizes se não houver perda de vidas”, disse.
Já o comissário Shane Fizsimmons advertiu que o incêndio de 264.000 hectares em Green Wattle Creek, um parque nacional a oeste de Sydney, tem potencial de ameaçar os subúrbios do oeste da cidade.
O mesmo responsável apelou aos moradores e turistas na trajetória dos fogos que se desloquem imediatamente para locais seguros.
Mais de 130 incêndios estão a arder em Nova Gales do Sul e pelo menos metade estão ainda por controlar.
No estado de Vitória, onde milhares de pessoas já fugiram das áreas ameaçadas, um total de 48 incêndios arderam em quase 320.000 hectares, esperando-se que as condições piorem devido à mudança de vento.
O início precoce e devastador dos incêndios florestais na Austrália já queimou cerca de cinco milhões de hectares e destruiu mais de 1.400 casas.
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