“A visão do meu governo é que a Austrália seja uma superpotência em matéria de energias renováveis”, disse Albanese, no fórum Energia do Futuro (Future Energy), que junta líderes do setor em Sydney.

De acordo com Albanese, a tendência global de mudança para as energias limpas é a “maior oportunidade de crescimento e prosperidade” da Austrália, uma vez que o país oceânico é rico em “elementos de base do futuro das energias limpas”, como lítio, cobalto, cobre, terras raras ou minerais críticos.

“E tal como o nosso continente é abençoado com uma abundância de vento e sol, temos os minerais para construir turbinas eólicas e painéis solares que os convertem em eletricidade”, afirmou.

O primeiro-ministro, no poder desde maio do ano passado, recordou a “pressão” sentida pelos australianos com a subida dos preços da energia, que atribuiu à guerra na Ucrânia, mas também à “negligência” da anterior administração, que “não conseguiu apresentar uma política energética única e coerente”.

Albanese recordou que o objetivo da Austrália é reduzir as emissões de gases com efeito de estufa em 205 milhões de toneladas, até 2030, e que as energias renováveis representaram 35% da produção de energia do país nos 12 meses que terminaram em março, quase mais 20 pontos percentuais do que no período anterior.

O líder deu especial ênfase à energia solar que, em 2023, “atrairá, pela primeira vez, mais capital do que a produção mundial de petróleo. E ninguém é tão rico em luz solar como nós”, afirmou.

A Austrália, um dos maiores poluidores do mundo quando se tem em conta as exportações de combustíveis fósseis, aprovou há um ano legislação que fixa como objetivo a redução das emissões em 43% até 2030 e reafirmou o compromisso de alcançar a neutralidade das emissões até 2050.