A direção do parque Uluru-Kata Tjuta, constituída por oito proprietários tradicionais e três representantes do órgão gestor de parques, tomou a decisão por unanimidade após realizar consultas junto da comunidade Anangu, indicou a cadeia televisiva ABC.
Sammy Wilson, um dos proprietários, justificou a medida com a importância cultural que o monte tem para as comunidades indígenas.
“É um lugar extremamente importante, não uma zona de recreio ou um parque temático do tipo Disneylândia”, afirmou.
“O governo tem que respeitar o que decidimos sobre a nossa cultura da mesma maneira que espera que nós acatemos as leis”, acrescentou o mesmo responsável.
A decisão prevê que a medida entre em vigor a partir de 26 de outubro de 2019, data que coincide com o 34.º aniversário da devolução do Uluru aos seus tradicionais proprietários.
As comunidades indígenas pedem desde 1985 restrições ao acesso ao topo do Uluru, uma pedra com um perímetro de nove quilómetros declarada Património da Humanidade pela UNESCO, anteriormente conhecida como Ayers Rock.
Uluru, que tem 600 milhões de anos e chega aos 348 metros de altura, tem um grande valor espiritual para os Anangu, cuja terra inspira as histórias sobre a criação, e o seu folclore.
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