Falando durante uma visita da ministra do Ambiente às obras em curso, Ricardo Rio sublinhou que, no início do século, o rio Este era “praticamente num esgoto a céu aberto no coração da cidade”.

“Quando concluirmos a terceira fase, esta zona da cidade ficará irreconhecível, com muita mais qualidade e com toda esta extensão completamente tratada”, referiu.

Atualmente, as obras decorrem no troço situado na denominada ‘zona da lagoa’, entre a Avenida Mestre José Veiga e a zona da comporta da lagoa, no complexo desportivo da Rodovia.

Esta intervenção está orçada em cerca de 650 mil euros e deverá estar concluída dentro de dois meses.

Consiste na retirada do betão do rio e na renaturalização das margens e contempla ainda uma nova via pedonal, uma rampa de acesso à lagoa e a colocação de bancos de jardim.

Em causa o troço situado na denominada ‘zona da lagoa’, entre a Avenida Mestre José Veiga e a zona da comporta da lagoa, no eixo desportivo da Rodovia.

Hoje, o município de Braga e Agência Portuguesa do Ambiente formalizaram um acordo para o financiamento de uma outra fase, prolongando a intervenção até à Avenida Frei Bartolomeu dos Mártires.

Esta fase está orçada em cerca de 1,5 milhões de euros e deverá estar concluída no último trimestre de 2025.

Em 2014 já tinha decorrido uma primeira fase, entre o hotel Meliã e o Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia (INL).

Para o vereador do Ambiente na Câmara de Braga, Altino Bessa, o objetivo passa por reforçar a acessibilidade e a mobilidade, para que o rio possa ser novamente usufruído pela população.

Já o vice-presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, Pimenta Machado, sublinhou a importância da intervenção em curso para retirar betão do rio e “dar espaço” ao Este e, assim, ajudar a gerir melhor os fenómenos de cheias.

Pimenta Machado lembrou que Braga é uma cidade que regista forte pluviosidade, sublinhando que ali “chove mais em 15 dias do que em dois anos no Algarve”.

A ministra do Ambiente, Maria da Graça Carvalho, congratulou-se com o facto de não ter ido a Braga lançar uma qualquer primeira pedra, mas sim para visitar uma intervenção de retirada de betão à paisagem urbana.

Para a governante, o tempo dos muros de betão para prevenir cheias e inundações já lá vai, sendo agora a estratégia a renaturalização das margens.

Uma abordagem que, sublinhou, permitirá restabelecer o ecossistema ribeirinho e recuperar o aspeto natural do rio e, assim, favorecer o desenvolvimento da fauna e da flora.