De acordo com fornecidos ao Jornal de Notícias pela Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (Ersar), os preços da água fornecida por empresas privadas ou pelas autarquias regista valores díspares.

A título de exemplo é apresentada uma comparação entre Santo Tirso/Trofa e Peso da Régua: no primeiro caso, uma família com um consumo mensal de 10 metros cúbicos de água paga 265,49€ e, no segundo, são pagos apenas 43,20€. No primeiro local a empresa que fornece a água é privada e, no segundo, é uma autarquia, ou seja, uma entidade pública.

O jornal refere ainda estes valores não incluem outras tarifas que, frequentemente, fazem mais do que duplicar as faturas, como a questão do saneamento, resíduos sólidos ou disponibilidade/recursos hídricos.

Numa análise a nível nacional, percebe-se que, dos 25 concelhos com abastecimento de água mais caro no país no ano passado, 24 estão a cargo de empresas privadas concessionárias, nomeadamente a Indaqua.

A Indaqua refere que o elevado preço da água está relacionado com "o investimento a efetuar pelo operador no município, os custos da operação, o número de clientes que vão suportar estes mesmos custos, assim como a renda a pagar ao município e a qualidade do serviço".

Por sua vez, a Ersar defende que "a agregação dos sistemas multimunicipais tem como vantagem a harmonização tarifária, promovendo a equidade territorial", embora a igualdade tenha vindo a ser conseguida pelo aumento dos preços.

Este ano está ainda previsto que haja mais aumentos de tarifários de água, segundo a Ersar, em concelhos servidos pela Epal — Amadora, Cascais, Loures, Odivelas, Oeiras, Sintra e Vila Franca de Xira — e pela Águas do Norte — Amarante, Arouca, Baião, Castelo de Paiva, Cinfães, Espinho, Felgueiras, Lousada, Ovar, Paredes, Santa Maria da Feira e Vila Nova de Gaia.