Uma delegação da IL, com Bruno Horta Soares à frente, oficializou hoje, já depois das 11:30, no Palácio da Justiça, em Lisboa, a candidatura, que também abrange as 24 freguesias da cidade, num total de 583 candidatos.
Bruno Horta Soares afirmou que a IL tem a expetativa de, pela primeira vez, poder estar na vereação da Câmara Municipal de Lisboa.
“Vai ser muito importante. Temos dito que, se um deputado faz tanta diferença em 230, nós também acreditamos que um vereador poderá fazer diferença, deputados na Assembleia Municipal podem fazer a diferença, e os nossos simpatizantes e os nossos militantes nas juntas de freguesia também vão fazer a diferença. Portanto, é esta mancha azul da Iniciativa Liberal que nós queremos que chegue a Lisboa”, disse.
“Se, no meu caso, for eleito, é fantástico. Se for presidente, seria um sonho”, acrescentou.
Segundo o candidato, a “ideia liberal para a cidade é descentralizar a Câmara Municipal de Lisboa”.
“Neste momento há uma enorme confusão entre aquilo que é Câmara Municipal de Lisboa e Lisboa. Nós adoramos Lisboa, achamos que é uma cidade com enorme potencial, mas sentimos que a Câmara Municipal de Lisboa está à frente do desenvolvimento e de todo esse potencial. Portanto, de uma forma muito simples: libertar Lisboa é libertar Lisboa da Câmara Municipal de Lisboa”, considerou.
Entre as suas medidas, a IL quer promover “uma enorme modernização administrativa”, reduzir impostos e baixar taxas.
“Ainda hoje anunciámos que vamos lutar para que Lisboa possa também ter uma derrama de 0%, o que representa mais de 300 milhões que se vão manter na economia. É aí que nós achamos que o dinheiro das pessoas deve estar, é na economia, não é nos cofres do Estado, nem é na Câmara Municipal de Lisboa”, sublinhou.
O candidato afirmou também que o partido estava “expectante” que as medidas de abertura da economia, anunciadas na quinta-feira pelo Governo, fossem ao encontro da visão da IL “de libertar cada vez mais Portugal e a economia em Portugal”, admitindo que “a tendência é satisfatória”, embora defenda que é necessária maior clareza e menos “entrelinhas” e “letras pequeninas” nas medidas que foram anunciadas, que ainda não dão garantias para o objetivo do partido que é o regresso à normalidade, nomeadamente na restauração, nos bares e nas discotecas.
“Continua a haver uma enorme incerteza, porque continua a haver uma prescrição da parte do Governo de um conjunto de regras delimitadores, nomeadamente de horários. Felizmente já não há delimitadores geográficas, mas continua a haver esta necessidade de interpretar a comunicação, entender o que é que o Governo quer dizer ou que não quer dizer, e o que nós desejamos é que cada vez mais, ou quanto mais cedo possível, que voltemos àquilo que nós temos defendido, que é liberdade e responsabilidade. E essa liberdade e responsabilidade ainda têm um conjunto de regras que não são fáceis para todos entenderem”, disse.
Além de Bruno Horta Soares, para a corrida à presidência da autarquia, atualmente liderada por Fernando Medina (PS), que já anunciou a sua recandidatura, foram até agora anunciadas as candidaturas de Carlos Moedas (coligação PSD/CDS-PP/PPM/MPT/Aliança), João Ferreira (CDU), Rui Tavares (Livre), Nuno Graciano (Chega), Beatriz Gomes Dias (BE), Tiago Matos Gomes (Volt) e Manuela Gonzaga (PAN).
A Câmara de Lisboa é atualmente composta por oito eleitos pelo PS (incluindo dos Cidadãos por Lisboa e do Lisboa é muita gente), um do BE (que tem um acordo de governação do concelho com os socialistas), quatro do CDS-PP, dois do PSD e dois da CDU.
As eleições autárquicas realizam-se em 26 de setembro.
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