Em conferência de imprensa, Isaltino Morais confirmou que já foi notificado pelo Tribunal e garantiu que cumpriu a lei e, por isso, vai recorrer, levantando ainda suspeitas de que a decisão do juiz poderá estar relacionada com relação de amizade com o atual presidente da Câmara de Oeiras e também candidato, Paulo Vistas.
"A nossa candidatura respeitou escrupulosamente a lei ao seu mais ínfimo pormenor. Ao longo do processo de recolha de assinaturas e em todos os pontos de recolha, a candidatura do grupo de cidadãos eleitores teve presente a lista de todos os candidatos com vista a que todos conhecessem a lista inequivocamente", assegurou Isaltino Morais.
O ex-autarca, que em abril anunciou o seu regresso à Política como candidato à Câmara de Oeiras depois de ter sido preso, considerou que "rejeitar a candidatura é um absoluto desrespeito pelos milhares de cidadãos que livremente a subscreveram".
Isaltino Morais disse também estranhar a decisão do juiz, acusando a candidatura de Paulo Vistas (seu antigo antecessor e atual adversário) de não ter apresentado ela nenhuma lista de candidatos, havendo um auto da PSP que o prova.
"É inacreditável esta disparidade de critérios do mesmo juíz. Não queremos crer que esta rejeição possa ter sido influenciada por relações de amizade ou familiares com Paulo Vistas", afirmou Isaltino Morais, adiantando que o atual presidente da câmara foi padrinho de casamento do juíz e que, por isso, "deveria ter-se dado incompatível".
Aparentemente tranquilo, como o próprio se descreveu, Isaltino Morais admitiu não ser fácil encarar a decisão judicial.
"Eu sabia que esta lista seria escrutinada até à exaustão, mas o argumento que é dado de que os subscritores não conheciam inequivocamente o candidato, isso não. O nome e os dados estão lá", sustentou.
Isaltino Morais prometeu uma "noite longa" para apresentar o recurso da decisão do Tribunal e não excluiu a hipótese de apresentar queixa contra o juíz.
"O país não pode ficar alheio a situações destas", concluiu.
[Notícia atualizada às 22:42]
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