“O CDS-Partido Popular obteve um grande resultado nestas eleições autárquicas. O melhor desde há algumas décadas a esta parte”, escreveu Francisco Rodrigues dos Santos na sua página oficial na rede social Facebook.

E criticou “os do costume”, que “vão torturando os números para diminuir” o partido, classificando como “um ataque injusto a todos aqueles que deram a cara nestas eleições, num dos contextos mais difíceis” da história.

“Mais do mesmo: foi assim nas eleições dos Açores, depois de chegarmos ao Governo pela primeira vez; foi assim nas eleições presidenciais, depois de eleito o candidato que apoiámos; e está a ser assim, depois das melhores eleições autárquicas em muito tempo”, elencou.

Na publicação, o líder democrata-cristão salientou que “esta estratégia política foi uma aposta pessoal” sua e da sua direção e “contou com uma mobilização extraordinária do partido”, e salientou que “não há dúvidas de que esta estratégia resultou”.

“Assumi-a, tendo contra mim os críticos de ontem, que hoje ainda não baixaram armas diante destes resultados (muitos deles, pasme-se, eleitos em listas de coligação)”, criticou, apontando que celebrará “sempre as conquistas” do CDS-PP e vai defender o partido “dos que procuram transformar sucessos em insucessos para seu aproveitamento pessoal”.

“O CDS-PP conta comigo, como sempre contou, mas agora mais forte, maior e com mais futuro”, frisou.

Rodrigues dos Santos especifica que concorreu “em listas próprias ou em listas lideradas por si em 99 autarquias” e que nestas elegeu “mais autarcas do que o BE, PAN, Chega e Iniciativa Liberal em todo o país” e mais do que “PAN, CH e IL juntos em todo o território nacional”.

Lembrando que desde que foi eleito defendeu “uma estratégia de entendimentos com o PSD sempre que fosse possível afastar a esquerda do poder”, o presidente centrista indicou que “o CDS-PP concorreu coligado com o PSD em 135 autarquias e os resultados estão à vista” e destacou que “PSD e CDS-PP, juntos, governam mais do dobro das câmaras do que em 2017”, o que se traduz em “mais de 40 câmaras, entre elas as de oito capitais de distrito, incluindo Lisboa”.

“Somados os votos que nos correspondem nas coligações com os de listas próprias, a percentagem de votos nacional do CDS-PP cresce substancialmente e aproxima-nos da terceira força política”, salientou, considerando que “os votos do CDS-PP foram imprescindíveis para ganhar eleições à esquerda e virar o país à direita”.

“No conjunto do país, o CDS-PP superou todos os objetivos a que se propôs: ganhou as suas seis câmaras municipais, todas com maioria absoluta, o que não se verificava; elegeu muitos mais autarcas do que em 2017 e reforçou a sua presença territorial. Somos o único partido que participa em simultâneo na governação de Lisboa, Porto, Coimbra e Funchal. E temos representação política em locais onde há muitos anos não tínhamos”, acrescentou Francisco Rodrigues dos Santos.

O presidente do CDS respondeu assim a críticos como o líder da distrital de Lisboa, João Gonçalves Pereira, que pediu uma “clarificação da estratégia” e considerou que em listas próprias o CDS teve um resultado “manifestamente preocupante”, ou ao ex-vice-presidente Adolfo Mesquita Nunes, que afirmou que “quando vai sozinho o CDS está no fim da tabela dos partidos”.

Também Pedro Mota Soares criticou a estratégia, lamentando que “o CDS não escolheu afirmar a sua marca”.

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