Num dia em que a chuva trocou as voltas à comitiva social-democrata e obrigou a adaptar as iniciativas previstas, o presidente do PSD repetiu as críticas que tem feito a António Costa, reiterando que “não é correto misturar na campanha a função de primeiro-ministro com a de secretário-geral do PS” ao falar dos milhões do PRR.
Em campanha no distrito da Guarda, o presidente do PSD admitiu também que a distância que separa o partido do PS torna a vitória difícil nas autárquicas, mas mais fácil “do que ganhar os euromilhões”.
Também o BE adaptou a sua agenda de hoje devido às condições meteorológicas e, depois de uma visita às oficinas ferroviárias da CP no Entroncamento, a coordenadora aproveitou para defender a urgência da baixa dos preços dos passes em todo o país, considerando que o carro não pode ficar mais barato que o transporte coletivo ou o comboio.
Já em Lisboa, Catarina Martins avisou que uma maioria absoluta do PS na Câmara de Lisboa impedirá “soluções diferentes” para resolver os problemas da cidade, e mostrou disponibilidade para reeditar um “acordo estratégico” pós-eleitoral.
Numa visita a casas do programa público de renda acessível da Câmara de Lisboa, um dos temas sobre os quais recaiu o acordo pós-eleitoral que o BE assinou com o PS em 2017 para governação da cidade, e questionada sobre o que falhou para que das seis mil casas previstas, apenas 1200 tenham sido construídas no âmbito deste programa, a resposta não se fez esperar: “na habitação falhou o PS”.
Pelo distrito de Beja, a apoiar os candidatos da CDU, o secretário-geral do PCP considerou que o PS está a “chantagear os eleitores” com promessas milionárias e que utiliza o PRR “como uma cenoura” para transferir para as autarquias encargos que deveriam ser do Estado.
Questionado pelos jornalistas, Jerónimo de Sousa rejeitou também estar preocupado com a presença do Chega no Alentejo, considerando que referências sobre essa possibilidade são um “manifesto exagero” e que o partido de André Ventura vive dessa atenção. Numa ação de campanha anterior, os candidatos da CDU à câmara municipal e à assembleia tinham acusado o PS de ter levado os populismos para o concelho (Moura), pedindo para os eleitores não se distraírem com "fantoches".
Também em Lisboa, a porta-voz do PAN reiterou que a “grande meta” do partido “é conquistar pela primeira vez lugares na vereação” e apontou “boas perspetivas não só em Aveiro e Cascais, mas também Lisboa, Porto, Almada”.
Na apresentação do programa eleitoral para a capital, a líder do PAN criticou a "visão curta" do atual presidente da câmara, o socialista Fernando Medina, no "combate do século XXI" que é a resposta à crise climática, a "visão do betão" dos sucessivos mandatos do PS, a "aposta única no turismo" ou as políticas de habitação em que o líder da autarquia "falhou redondamente".
Também na capital, durante uma arruada em Alvalade em que ouviu maioritariamente queixas sobre a falta de estacionamento, o líder da Iniciativa Liberal criticou a “forma opaca” como o executivo do socialista Fernando Medina gere a autarquia.
João Cotrim Figueiredo aproveitou também para dar conta de que o partido apoia a decisão do Governo sobre a construção de um novo aeroporto no Montijo.
Hoje, o secretário-geral do PS, António Costa, e o presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, apenas têm agenda à noite e o líder do Chega, André Ventura, também marcará presença num comício.
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