“Todos querem mudança. Vimos isso em Benfica, estamos a sentir isso agora também aqui em São Domingos de Benfica e vamos continuar. Aquilo que vejo é este sentimento muito forte do anseio pela mudança, as pessoas querem mudar o estado das coisas e estão conscientes que só há um candidato que pode fazer isso, que sou eu”, afirmou Carlos Moedas, em declarações à agência Lusa, no âmbito da ação de campanha por estas duas freguesia de Lisboa, ambas percorridas pela Estrada de Benfica.
O cabeça de lista da coligação “Novos Tempos” disse ainda que a vontade de mudança dos lisboetas tem-lhe dado “muita energia” para continuar a campanha para as eleições autárquicas, que se realizam no domingo, e realçou que “a confiança é cada vez maior”.
Entre cumprimentos e apresentações dos candidatos às pessoas na rua e aos comerciantes, inclusive a médica Isabel Galriça Neto e o virologista Pedro Simas, o social-democrata Carlos Moedas ia alertando que “faltam quatro dias para as eleições” e que “é o último do boletim de voto”.
“Eu e a minha família vamos votar todos em si”, atirou um morador de Benfica.
Com uma loja de equipamento médico na Estrada de Benfica, Cláudia Saraiva, de 49 anos, aproveitou a visita da comitiva da coligação “Novos Tempos” para transmitir a preocupação dos comerciantes sobre a ideia de transformar a rua numa via pedonal.
“Sabemos que querem fechar totalmente a estrada. Uma estrada pedonal para quem? Quando o autocarro deixar de parar aqui quem é que vem cá? O que queremos é que alguém nos oiça e que decida o melhor para o comércio”, reclamou a comerciante, manifestando-se contra a ideia de transformar parte da Estrada de Benfica numa via pedonal.
Uns passos à frente, o candidato Carlos Moedas falou com o comerciante Dipesh Bhanji, com quem trocou palavras sobre a comunidade hindu em Lisboa, tirou uma ‘selfie’ e, também, ouviu o receio sobre a via pedonal: “já me disseram e é péssimo para o negócio”.
Para o candidato da coligação PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança, “é inaceitável” que os comerciantes não sejam ouvidos.
“Temos ali uma rua que, de repente, a Câmara Municipal, juntamente com a [Junta de] Freguesia decidiram, unilateralmente, fechar essa rua ou têm planos para fechar, sem consultar os comerciantes, portanto, isto mostra bem como é que a Câmara opera, que é sempre sem incluir as pessoas, sem perguntar às pessoas, sem trabalhar com as pessoas, portanto é mais um exemplo da prepotência que esta Câmara Municipal tem, que é ‘quero, posso e mando’”, declarou Carlos Moedas.
Fazendo uma comparação com o socialista Fernando Medina, que é o atual presidente da Câmara de Lisboa e candidato pela coligação PS/Livre, o social-democrata indicou que a grande diferença que o distingue do seu principal adversário é o objetivo de “incluir as pessoas nas políticas públicas”,
“Sou o único que tive, realmente, a proposta de uma assembleia de cidadãos, exatamente para incluir as pessoas nas grandes decisões da cidade”, reforçou.
Concorrem à presidência da Câmara de Lisboa, no domingo, Fernando Medina (coligação PS/Livre), Carlos Moedas (coligação PSD/CDS-PP/PPM/MPT/Aliança), Beatriz Gomes Dias (BE), Bruno Horta Soares (IL), João Ferreira (CDU - coligação PCP/PEV), Nuno Graciano (Chega), Manuela Gonzaga (PAN), Tiago Matos Gomes (Volt), João Patrocínio (Ergue-te), Bruno Fialho (PDR), Sofia Afonso Ferreira (Nós, Cidadãos!) e Ossanda Líber (movimento Somos Todos Lisboa).
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