A cabeça-de-lista do partido Pessoas-Animais-Natureza falava hoje aos jornalistas depois de uma visita no Bairro do Cerco onde se encontrou com representantes de associações de apoio a toxicodependentes e visitou um local informal de consumos.
“Escolhemos a freguesia de Campanhã para realizar esta ação porque é uma freguesia, na cidade do Porto, muito vulnerável, com muitas fragilidades sociais, muitos problemas e onde tem havido pouco investimento, da parte da câmara municipal, nas reais respostas daquilo a que podemos chamar políticas sociais”, adiantou.
As respostas sociais a que se referia começam pelos “problemas que as pessoas têm no acesso à habitação”, mas passam também pelo apoio dado aos toxicodependentes.
“Procurando centralizar aqui a questão no consumo de substâncias ativas, escolhemos começar precisamente aqui na zona oriental, para mostrar que este não é um problema que existe só na zona ocidental da cidade e que sabíamos bem que estava alocado (…) no [bairro do] Aleixo. A partir do momento em que [o atual presidente da câmara] Rui Moreira decide dar continuidade às políticas de Rui Rio [ex-presidente da câmara] em relação ao Aleixo, e decide terminar com este bairro sem qualquer estratégia de intervenção social com estas pessoas, evidentemente agora temos um problema instalado, quer em Pinheiro Torres, quer na Pasteleira”, considerou.
Bebiana Cunha frisou que o percurso hoje feito pela comitiva do PAN demonstrou que “uma sala de consumo vigiado” naquela zona “já poderia ter trazido para o sistema várias pessoas”.
Questionada sobre a abertura de uma sala de consumo vigiado, na zona de Serralves, que o executivo camarário anunciou para este mês, a candidata respondeu com outra questão: “Qual é o calendário de abertura dessa sala de consumo?”
Bebiana Cunha questionou ainda a razão pela qual “a zona oriental da cidade vai ficar a descoberto de uma resposta destas".
"Quando vimos aqui, precisamente, um espaço que é público, e onde as pessoas consomem, e toda a gente sabe que as pessoas consomem lá”, assinalou.
“O que temos assistido da parte da Câmara Municipal do Porto é um empurrar das respostas, não tendo voz ativa dentro da própria Administração Regional de Saúde do Norte”, considerou, ressalvando que “essa resposta será em concertação”, mas a câmara “tem vindo a adiar”.
Candidatam-se à presidência da Câmara do Porto Ilda Figueiredo (CDU - PCP/PEV), Diogo Araújo Dantas (PPM), Sérgio Aires (BE), André Eira (Volt Portugal), Vladimiro Feliz (PSD), Bebiana Cunha (PAN), Tiago Barbosa Ribeiro (PS), António Fonseca (Chega), Bruno Rebelo (Ergue-te), Diamantino Raposinho (Livre) e o independente Rui Moreira.
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